"Há algum tempo" (a introdução para minhas craftices é quase seeeeempre a mesma....), estive procurando por um vaso que pudesse colocar aqueles galhos secos e grandes para compor uma decoração na sala. Em muitas pesquisas, o valor de algum vaso girava em torno de R$ 80,00 a R$ 120,00, de madeira ou de palha, ou mesmo de plástico ou de barro. Não, por esse valor eu me recusava a comprar. Até que um dia, passando em frente a uma olaria, no bairro de Honório Gurgel, resolvi entrar e ver o que havia lá e encontrei esse vaso aí da foto.
Na verdade, esse tipo de vaso é muito utilizado para preparar banhos de ervas em rituais religiosos do candomblé ou da umbanda. Eu não sei o nome correto dele, que vem com uma tampinha para concentrar as ervas. No meio de tantos vasos e alguidares que havia naquela olaria, lá estava ele todo tristinho num canto, pois que tinha uma pequena rachadura. Como eu me afeiçoei ao modelo, não pensei duas vezes e o adquiri por módicos R$ 27,00.
O que fazer? O que não fazer? Pintar? Colar um tecido? Colar pastilhas de vidro? Sim, colar pastilhas de vidro e fazer um mosaico (eu ando tão metida....).
Primeiro passo: aproveitar um feriado desses aí para ir para a praia e levar um saco de pastilhas de vidro e um torquês, para adiantar o serviço. Ninguém vai entender nada, mas quem não tem tempo como eu aproveita o tempo que tem. Claro que isso foi feito num dia lindo de sol e fresquinho, e não embaixo desse calorão de 48º de sensação térmica dos últimos dias...
Terceiro: rejuntar - porque é nessa hora que o trabalho realmente aparece. E aí que eu fui fazer outra coisa e cometi um erro quase fatal: deixei o rejunte secar! Pois é, o rejunte não pode secar, ele tem que ser retirado ainda fresco. Quando ele seca, a retirada fica muito mais difícil e aí que a gente começa a usar mais força do que o necessário e tira mais rejunte do que deveria, o que ocasiona muitos buracos. Conclusão: passei rejunte novamente para cobrir os buracos e nivelar as pastilhas e o retirei ainda fresco. Aprender, sempre aprender...
Quarto: passar o verniz, conforme orientações da Vero Kraemer, e limpar com a estopa.
Quinto: pintar a borda.
Quinto: pintar a borda.
Sexto: colar um pedaço de feltro no fundo, para não correr o risco de acabar com todo o trabalho com um sopetão.
Por último: colocar os galhos - ou qualquer outra coisa que se queira.
Vou dizer o seguinte: eu gostei, achei que ficou muito bonito, mas deu trabalho! Porque não é apenas cortar e sair colando, porque para ter um resultado razoável, há de se ter paciência para encaixar os pedaços das pastilhas, principalmente se é para dar um efeito aleatório. Só achei que a galhada ficou comprida demais e talvez ela sofra algum corte. Na composição do vaso galhudo com a cúpula do abajour, achei que ficou uma mistura de sarapatel com strogonoff e farofa com passas, então, em breve estarei trocando a cúpula.
Para este vaso, o material utilizado foi:
Para este vaso, o material utilizado foi:
- pastilhas de vidro de cores variadas
- torquês próprio para corte de pastilhas de vidro
- cola branca do rótulo azul
- rejunte flexível
- verniz à base de água
- estopa
- amor
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