11 janeiro 2015

Craftices: vaso com mosaico

"Há algum tempo" (a introdução para minhas craftices é quase seeeeempre a mesma....), estive procurando por um vaso que pudesse colocar aqueles galhos secos e grandes para compor uma decoração na sala.  Em muitas pesquisas, o valor de algum vaso girava em torno de R$ 80,00 a R$ 120,00, de madeira ou de palha, ou mesmo de plástico ou de barro.  Não, por esse valor eu me recusava a comprar.  Até que um dia, passando em frente a uma olaria, no bairro de Honório Gurgel, resolvi entrar e ver o que havia lá e encontrei esse vaso aí da foto.



Na verdade, esse tipo de vaso é muito utilizado para preparar banhos de ervas em rituais religiosos do candomblé ou da umbanda. Eu não sei o nome correto dele, que vem com uma tampinha para concentrar as ervas. No meio de tantos vasos e alguidares que havia naquela olaria, lá estava ele todo tristinho num canto, pois que tinha uma pequena rachadura.  Como eu me afeiçoei ao modelo, não pensei duas vezes e o adquiri por módicos R$ 27,00.


O que fazer?  O que não fazer?  Pintar? Colar um tecido?  Colar pastilhas de vidro?  Sim, colar pastilhas de vidro e fazer um mosaico (eu ando tão metida....).

Primeiro passo: aproveitar um feriado desses aí para ir para a praia e levar um saco de pastilhas de vidro e um torquês, para adiantar o serviço.  Ninguém vai entender nada, mas quem não tem tempo como eu aproveita o tempo que tem.  Claro que isso foi feito num dia lindo de sol e fresquinho, e não embaixo desse calorão de 48º de sensação térmica dos últimos dias...



Segundo: pastilhas cortadas, hora de começar a colagem, sempre com a cola branca do rótulo azul.



Terceiro: rejuntar - porque é nessa hora que o trabalho realmente aparece.  E aí que eu fui fazer outra coisa e cometi um erro quase fatal: deixei o rejunte secar!  Pois é, o rejunte não pode secar, ele tem que ser retirado ainda fresco.  Quando ele seca, a retirada fica muito mais difícil e aí que a gente começa a usar mais força do que o necessário e tira mais rejunte do que deveria, o que ocasiona muitos buracos.  Conclusão: passei rejunte novamente para cobrir os buracos e nivelar as pastilhas e o retirei ainda fresco.  Aprender, sempre aprender...





Quarto: passar o verniz, conforme orientações da Vero Kraemer, e limpar com a estopa.

Quinto: pintar a borda.


Sexto: colar um pedaço de feltro no fundo, para não correr o risco de acabar com todo o trabalho com um sopetão.



Por último: colocar os galhos - ou qualquer outra coisa que se queira.

E aí, o vaso ficou assim:



Vou dizer o seguinte: eu gostei, achei que ficou muito bonito, mas deu trabalho!  Porque não é apenas cortar e sair colando, porque para ter um resultado razoável, há de se ter paciência para encaixar os pedaços das pastilhas, principalmente se é para dar um efeito aleatório.  Só achei que a galhada ficou comprida demais e talvez ela sofra algum corte.  Na composição do vaso galhudo com a cúpula do abajour, achei que ficou uma mistura de sarapatel com strogonoff e farofa com passas, então, em breve estarei trocando a cúpula.



Para este vaso, o material utilizado foi:

- pastilhas de vidro de cores variadas
- torquês próprio para corte de pastilhas de vidro
- cola branca do rótulo azul
- rejunte flexível
- verniz à base de água
- estopa
- amor

E em breve vem mais coisinhas mosaicadas por aí.

E que comece 2015!!!


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