25 fevereiro 2015

Sobre o aborto

Existe uma campanha no Facebook em que amigas desafiam outras amigas a postarem foto de sua gravidez, em declaração à vida e à negação ao aborto.

Fui também desafiada.  Pensei um pouco e decidi postar minha foto - talvez a melhorzinha que tenho - com a gestação do Davi.  Eu estava com quase 8 meses e já com essa barrigona.


Pois bem, segue, então, o texto que coloquei na minha página do Facebook e que repito aqui.
Spoiler: T E X T Ã O!
Resolvi aceitar o desafio lançado pela amiga Patrícia Bandeira e, eis aí, eu, TOTALMENTE grávida (cabelo, pernas, braços, mãos e... barrigaS). Feia, gorda, inchada, cabelo duro mas muito, muito feliz.

A respeito do aborto...

Penso nas mulheres que lutam e pagam caro por tratamentos de fertilização e não conseguem engravidar.

Penso nas mulheres que engravidam e não conseguem levar a gravidez a termo, e sofrem abortos espontâneos ininterruptos.

Penso nas mulheres que estão, neste momento, ao lado de seus bebês prematuros, respirando UTI 24 horas das suas vidas, na esperança de saírem dali com sua criança, de preferência sem nenhuma sequela.

Penso nas mulheres que querem muito ter um bebê, mas seu companheiro não concorda.

Penso nas mulheres estéreis. E também naquelas que tiveram que retirar o útero antes de se tornarem mães. Ou mesmo depois.

Respeito o direito de a mulher decidir o que quer fazer com seu corpo, porém, não posso tratar como vítima a mulher que não toma para si a responsabilidade do risco de engravidar e recorre ao aborto para resolver esse “problema”. Às vezes 3, 4, 5 vezes. Às vezes com 6, 7, 8 meses de gestação.

Há muito mais arrependimento em se fazer um aborto do que em se ter um filho. Isso é fato. Portanto, sou contra o aborto da maneira irresponsável e banal como ele tem sido feito e tratado. As exceções existem, mas na maioria das vezes elas não são resolvidas nos açougues clandestinos.

Ah, sim, a respeito do fato de que o homem também aborta ao não reconhecer o filho... meu pai também me abortou e minha mãe tinha grandes argumentos para me abortar. Mas ela escolheu me dar a chance de viver.

Sou livre para opinar, e você também. Portanto, fique à vontade para me julgar.

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