Craftices: mesas de carretel de madeira

Agora eu tenho a minha! Sim, a famosa mesinha feita com carretel de madeira, daqueles fortes e pesados que não são lá muito fáceis de se encontrar, principalmente inteiros. É, quem pensa que é fácil de achar esse tipo de carretel nas caçambas da vida se engana, melbein, porque não é, não.  Como agora virou modinha, muita gente as recolhe em obras e as coloca para vender, simples assim.  "Mais porém", segue a sua pequena história...

Então que um dia, no meio da rua, voltando do almoço, vejo um rapaz passando com um carretel ainda lacrado, cujo cabo seria usado numa obra.  Isso, no Centro da cidade, ou seja, beeeeeeeeeeeeem longe de casa.

Parei o rapaz - praticamente o emparedei - e perguntei o que faziam quando esvaziavam o carretel.  Ele disse que iam TODOS para o lixo!  Comassim????? Que lixo era esse que ninguém via?  Ninguém via porque a coleta é feita à noite, bem tarde, já com tudo fechado.  Perguntei se ele poderia reservar um para mim e ele o fez.  Num sábado que eu tive que levar Davi ao Dr. Martinelli, estiquei a viagem e o busquei e fui feliz para casa.

Pausa para uma homenagem:

Eu tenho o melhor marido do mundo.  Porque não fosse ele se dispor a colocar esse carretel dentro do automóvel e dirigir bem devagarinho, quase sem espaço para passar as marchas, certamente que eu não conseguiria levá-lo, porque o carretel é p.e.s.a.d.o.

Fim da pausa para a homenagem.

Iniciando os trabalhos e um resumo:

1) deu trabalho;
2) demorou pacas!

Aqui, eu já havia passado massa acrílica
Este carretel estava/está c-h-e-i-o de desníveis e foi bastante trabalhoso fazer esse artesanato.  Não sou artesã, nunca havia feito mosaico desse tamanho, e como eu sou chatinha, não achei que ficou 100%, não.  

Passando massa para madeira para cobrir todos os buracos menores. Me arrependi amargamente, porque massa para parede é infinitamente melhor, seca rápido, é mais leve e fácil para lixar. Além disso, não havia necessidade de cobrir esses buracos, já que a pastilha e o rejunte iriam fazer essa parte.


Nesses buracos maiores fiz uma mistura de rejunte com cimento e todo o possível para nivelá-los, mas como a pressa é prima da ansiedade, ficaram alguns lugares desnivelados, mas nada que condenasse o trabalho a fogo eterno. No buraco do meio cortei um pedaço de papelão e colei com cola branca.




Resolvi experimentar a batida de pedra para dispensar a lixa, essa parte que está preta, "mais porém", aprendi depois que não fica bom aplicá-la em algo sem tinta, talvez por isso não tenha ficado como eu queria (claro!).  Passei 2 demãos de esmalte à base de água nas partes onde não teriam as pastilhas.

Como eu já falei por aqui, eu não consigo fazer coisas mais elaboradas, desenhos detalhados, o meu negócio é coisa de média para grande, porque eu reconheço as minhas limitações.  Se alguém me perguntasse, diria que minha arte é pós contemporânea pós surrealista (achei chique).




A parte mais chata foi fazer as laterais porque, como o carretel estava muito, mas muito cheio de desníveis, tive que ter uma paciência monstro para colar as pastilhas.


Coloquei os rodízios de silicone porque acho que dão um ar mais leve e bonito.
Como eu coloquei acima, eu demorei uns 4 meses para acabar essa mesa, porque eu fazia só nos fins de semana, entre uma coisa e outra.  A parte que mais tomou tempo foi o preenchimento com as pastilhas brancas.

E aí, ela ficou assim.






Eu estou com overdose de canecas, então, separei algumas, furei e coloquei essas suculentas.  Espero que elas tenham vida longa.  Em breve eu posto como eu as furei.