Craftices: mandalas de linha

Meus primeiros quadros feitos como rolinhos de papel higiênico foram para a nova casa da vizinha.  Daí que o espaço ficou vazio.  Daí que eu já estava germinando na minha cabecinha a ideia das mandalas que eu vi no blog da Fabiana Tardochi, o Reciclar e Decorar que, por sua vez, se inspirou nas artes dos Irmãos Campana.  É assim, a gente vê uma ideia e tem mais uma ideia e coloca um toque pessoal depois que tem mais outra ideia e surgem coisas fantásticas. 

E daí que eu decidi fazer as minhas próprias mandalas com aros de bicicleta.  Comprei esses dois aros numa lojinha onde se vendem e se consertam bicicletas e utilizei fio de cisal, mas também podem ser feitas com fitas de malha, como os da Fabiana.  Foram 200 metros para cada mandala. Só que para chegar a esse efeito, quem se enrolou primeiro fui eu.


Antes mesmo de a tendinite me atacar, eu já havia iniciado esse projetinho, só que tive que fazer e refazer umas 3 vezes até ficar do jeito que eu queria e o jeito que eu queria era cobrir todo o aro e depois fazer mais trançados com a linha, mas isso resultava numa mandala "barriguda" demais, de forma que se pendurada ela iria ficar muito distante da parede e também perdia o efeito dos trançados, não iria aparecer.


Percebi que não havia necessidade de se cobrir todo o aro, até porque, para isso eu teria que utilizar 400 mt de linha para cada mandala e ela iria ficar parecendo uma peneira ou algo diferente da proposta - além da barriga protuberante. Descobri que meu conflito estava na cor metálica do aro, que não combinava com a cor da linha e dava um efeito estranho.  Então, tive a miraculosa ideia de pintá-lo com tinta spray para harmonizar as cores. 


E aquilo que poderia ser feito numa bela tarde de sol levou 3 fins de semana com uma tendinite no meio do caminho, mas o resultado ficou muito bom, com aros e linhas em cores parecidas e mandalas sem "barrigas".




As mandalas dão um efeito bem interessante.  Não tenho nem mais o que comentar.  Vontade de sair "mandalando" geral.  Como sobraram mais 2 rolos de linha, estarei brevemente enrolando mais uma mandala para colocar na casa.




O coletivo e o individual

   "Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante.  Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?  Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade." (Eclesiastes 4:9-12)
É sabido que o ser humano não nasce para viver isolado.  Sociabilidade, a meu ver, é uma característica quase que nata da nossa raça. Viver em grupo não deixa de ser uma forma de sobrevivência.   Existem, claro, pessoas que não conseguem viver entre seus iguais e que a melhor das situações é o isolamento.  Mas isso é exceção.

Numa determinada cena do filme Eu, Robô, o personagem interpretado por Will Smith chega num depósito onde existem vários containers que acondicionam os robôs obsoletos.  Ele nota um comportamento "humano": esses robôs, obsoletos, fora de linha, se aglomeraram de forma a não ficarem isolados, ou seja, se sociabilizaram.  Na verdade, o robô principal tem esse objetivo: ser o mais sociabilizado e humanizado possível.  Até as máquinas frias precisam uma das outras para não enferrujarem sozinhas.

A internação hospitalar em quartos individuais é uma espécie de sonho de consumo: ter a privacidade garantida, de forma que fiquemos à vontade para recebermos desde a equipe de limpeza até os visitantes.  Podemos colocar o ar condicionado no nível que nos agrada, além de termos o controle remoto da TV ao alcance do nosso gosto. O banheiro também é território único, quase um feudo, sem falar no frigobar, onde podemos estocar guloseimas que não são servidas no hospital.

No quarto coletivo, como o próprio nome diz, a movimentação, por óbvio, é bem maior, tanto da equipe médica quanto de quem visita ou acompanha.  Temos que dividir o ar condicionado,os armários, o banheiro, a TV, tudo.  Privacidade se limita à divisão entre as macas, que é feita por cortinas plásticas.  Uma conversa, uma soneca com ronco, um chulé, nada disso acontece sem que o vizinho paciente e seus acompanhantes não saibam ou não sintam.

Quando Davi, com exatos 4 meses de idade, foi internado com pneumonia, atalectasia e bronquiolite, ficamos, após a saída da UTI, num quarto coletivo com mais uma mãe e uma criança.  Naquela ocasião, nosso plano de saúde cobria hospedagem em quartos individuais, porém, não havia vagas disponíveis.  Foi apenas 1 dia dividindo o mesmo quarto e apesar de atravessar a noite sem dormir direito por conta do choro da criança, quando eles foram embora eu me senti só.  Nesse mesmo dia surgiu um quarto vago e fomos realocados para lá. 

E aí se passaram quase 2 semanas de isolamento.  Tínhamos um quarto com tudo dentro, mas as visitas eram poucas, afinal, quanto menos pessoas, principalmente em se tratando de criança internada, melhor.  Então, o que sobravam eram as aparições das enfermeiras e médicos. A sensação de solidão e isolamento não se dava apenas por estar num quarto individual, mas sim porque o mesmo não possuía janelas, o que fazia com que eu me sentisse dentro de uma jaula.  O que era para ser um luxo começava a se transformar numa agonia.

Um dia, o nosso plano de saúde mudou e não nos permitiu fazermos um upgrade para quartos individuais e desde então temos nos internado em quartos coletivos.  A perda da privacidade é sentida com muita força, mas parece que quando dividimos a situação com o outro os problemas e a estadia se tornam menos pesados e até a aflição de um quarto sem janelas fica menor.   Assim como os robôs obsoletos do filme, nos aglomeramos e nos socializamos, não somente por uma questão de educação, mas talvez por necessidade de não nos sentirmos tão só.

Não significa que dividir quarto coletivo seja o melhor dos mundos, mas também não é a pior das situações, porque dividir UTI é bem pior, e imagino que dividir um corredor deve ser pior ainda.  Apesar da falta de privacidade mas não reclamo de nada, pois tenho atendimento adequado às minhas necessidades. Vejo relatos de pessoas que aguardam atendimento médico em condições precárias e muitas vezes não são atendidas, então, me sinto privilegiada por ter essa oportunidade.

Só gostaria de ter o controle remoto nas mãos...


No último fim de semana, Davi foi submetido a mais uma dilatação do canal da uretra, pois a estenose na ponta do piu-piu tem estreitado o seu jato de xixi.  Deu tudo certo, como sempre, graças a Deus, mas acredito que esse procedimento irá se estender por um longo tempo.

Minha tendinite se foi, da mesma forma que veio: sem causa aparente, mas agora a mão direita está começando a arder.

Estou há quase 1 mês presa no nível 70 do Candy Crush Saga e no nível 80 do Farm Heroes e Davi agora está viciado em Angry Birds.  Ah, a tecnologia...


Hasta...

http://www.geekproject.com.br/2011/01/braco-de-exterminador-proximo-da-realidade/
Fonte

A tendinite me atacou novamente, mas já sei que não vai demorar tanto assim, talvez sejam essas viradas de temperatura.  Difícil é catar milho para quem, como, eu, fez curso de datilografia...

Por enquanto... hasta la vista, baby.

Campanha de vacinação da poliomielite 2014 -2ª fase

 
 
Por causa da confusão da Copa do Mundo, não postei o lembrete da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite 2014.  Depois do "Dia D", fui às pressas a um posto médico vacinar o Davi.


Seguem algumas informações sobre a 2ª etapa da Campanha, que começa no próximo dia 13.  As informações abaixo foram retiradas deste link, aqui.

Tira dúvidas sobre as duas vacinações – contra a pólio e contra o sarampo

1. Veja no quadro abaixo as vacinas que as crianças devem tomar, de acordo com a idade, a data da campanha de vacinação e o estado onde vivem.


Campanhas Nacionais
Datas
Público
UF
1ª etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite
18 de junho (Dia de Mobilização)
Crianças de 0 a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias)
Todos os estados e municípios
1ª fase da Campanha de Seguimento contra o Sarampo
18 de junho a 22 de julho
Crianças de 1 ano a menores de 7 anos (6 anos, 11 meses e 29 dias)
Todos os municípios de: AL, BA, CE, MG, PE, RJ, RS, SP
2ª etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite
13 de agosto (Dia de Mobilização)
Crianças de 0 a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias)
Todos os estados e municípios
2ª fase da Campanha de Seguimento contra o Sarampo
13 de agosto a 16 de setembro
Crianças de 1 ano a menores de 7 anos (6 anos, 11 meses e 29 dias)
Todos os municípios de: AC, AM, AP, ES, GO, MA, MS, MT, PA, PB, PI, PR, RN, RO, RR, SE, SC, TO e DF

2. Há risco para as crianças que vão tomar duas vacinas? Não. As vacinas são seguras e podem ser dadas às crianças no mesmo dia, sem prejudicar a saúde delas.

3. As vacinas têm contraindicações? Em geral, não. Porém, recomenda-se que as crianças que estejam com febre acima de 38º ou com alguma infecção sejam avaliadas por um médico antes de se vacinarem. Também não é recomendado vacinar crianças que tenham problemas de imunodepressão (como pacientes de câncer e AIDS ou de outras doenças e ou tratamentos que afetem o sistema imunológico, de defesas do organismo) e anafilaxia (reação alérgica severa) a dose anterior das vacinas.

4. Onde vacinar as crianças?
Os pais ou responsáveis devem procurar a Secretaria de Saúde do seu município ou estado para se informar sobre a lista de postos, bem como os endereços e os horários de funcionamento.

5. Só será possível vacinar as crianças nessas datas? Não. As vacinas contra pólio e sarampo são oferecidas gratuitamente pelo SUS e estão disponíveis durante todo o ano, nos postos de saúde, para a imunização de rotina. Mas é fundamental levar as crianças às campanhas de vacinação, porque elas reforçam a proteção da saúde delas.

6. Como funciona o calendário básico de vacinação, fora das campanhas? Vacina poliomielite oral – Os bebês devem receber a vacina aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses, recebem o primeiro reforço. Porém, todas as crianças menores de cinco anos (de 0 a 4 anos 11 meses e 29 dias) devem tomar as duas doses durante a Campanha Nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.

Vacina tríplice viral – As crianças devem tomar uma dose da vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) aos 12 meses e um reforço aos quatro anos. Porém, todas as crianças devem se vacinar nas “campanhas de seguimento”, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.