Cadê o Bebê que estava Aqui?

Ele chegou.  O uniforme da creche. E eu sei  também que em breve irei receber a tal lista de material escolar, quilométrica para uma criança de apenas 2 anos.

Mas foi outro dia que matriculei Davi na creche, com 1 ano e alguns dias! Nem andar ele andava. Cheguei lá e o entreguei à "tia", que o levou para o refeitório (pois era a hora do lanchinho), onde estavam outras crianças, algumas que já andavam, outras, como ele, que ficavam na cadeirinha de alimentação.

Fiquei sentada numa sala - acho que era a coordenação - mas não estava muito aflita, não.  Só um pouco apreensiva caso Davi começasse a estranhar e a chorar, afinal, até ali ele havia ficado com a avó o dia inteiro e não estava acostumado a conviver diariamente com outras crianças, nem em outro lugar que não fosse em casa.

E desde então ele está nessa rotina e agora já tem sua turma de coleguinhas.  Claro que de vez em quando ele chora quando entra na creche, mas varia muito e eu não sei o que faz com que ele fique choramingoso numa semana e totalmente "entregue" na outra.  Enfim, todos nós nos adaptamos a essa realidade, que é um corre-corre doido.

Até então, não havia necessidade do uso do uniforme.  Só a partir do Maternal 1 é que as crianças passam a usá-lo. Ouvi dizer - e vou me certifcar hoje - que ele ainda terá que levar uma muda de roupa e só usará o uniforme depois do banho (as crianças que não são do horário integral já vão uniformizadas). Como hoje haverá reunião de pais, vou ficar sabendo das demais atividades e/ou novas rotinas.  

As coisas passam muito rápido e com essa velocidade a gente não se dá conta de que deixou de comprar um macacãozinho e agora só compra short e camiseta (no caso dos meninos, né). Não tem coisa mais clara do que as roupas e os calçados para nos mostrarem que os nossos bebês estão indo embora e que estamos recebendo meninos e meninas mas que ainda são um pouco bebês.  Mesmo que ainda não saibam falar tudo, comer ou fazer as necessidades sozinhos, nessa fase a criança é "meio-a-meio", porque muitas ainda estão nas fraldas e mamadeiras, mas já usam uniformes e têm lições escolares!

Outro dia estava vendo uma mãe amamentando sua criança.  Me bateu uma saudade do tempo em que Davi também mamava. Mas as memórias daquela época são um pouco nebulosas, porque é tudo muito corrido, um dia emenda no outro da mesma forma e o bebê vai crescendo e mudando o tamanho das roupas e calçados e um dia começa a andar e a falar e vai para a escola e coloca uniforme e a gente vai comprar material escolar e ele já está escrevendo e lendo e andando e falando e comendo sozinho e cheio de vontades e....não é corrido? É assim mesmo, dá até falta de ar.

Voltando ao uniforme... como a direção da creche mudou, a cor também não é mais a mesma.  Agora, é azul e branco,  bem simples, mas bem que eu gostava da outra cor, que era cinza chumbo com vermelho.  Mas só isso, porque a creche, hoje, está muito, muito melhor.

Isso não é roupa de bebê!

A gente é meio esquisita. Tem horas que quer que nossas crianças cresçam e apareçam, deixem as fraldas e as mamadeiras.  E aí quando a gente olha para as roupas - ou recebe o uniforme da escola - fica muxoxa porque elas já não são mais os bebezinhos tão dependentes de nós, mesmo sabendo que eles serão nossos bebêzões por toda a vida, não é?

Mães.... ô povo estranho, esse....



Na área do prédio onde eu moro os arquitetos/engenheiros/donos/empreiteiros, enfim, tiveram uma ideia bem legal: fizeram um pomar, que fica nos fundos do próprio terreno.  Lá, foram plantados pés de jabuticaba, caju, banana, acerola, amora e abricó.  As frutas ficam lá, esperando para serem colhidas e saboreadas.  Então, eu tenho o privilégio, por exemplo, de tomar suco de laranja com acerola colhida no "fundo do quintal". Se chove muito, o cajueiro fica parecendo uma árvore de Natal, carregado de frutas cheias de suco também, e o jabuticabal, na sua época, também dá um show.

Ontem, ao chegar em casa, me deparo com esses cachos de banana que o pai do Davi colheu.  Eu acho que são banana da terra, porque são maiores e diferentes da banana d'água.  Olha que lindeza?  Como o pomar fica de frente para nossa janela, estamos sempre alertas e vigilantes e de olhão aberto, principalmente com as bananas, que têm o ano inteiro. Acho que meus vizinhos estão dormindo no ponto...


Muita gente se orgulha do lugar onde mora, e tem quem queira se mudar para um ambiente melhor.  Eu moro na zona oeste, num lugar cansativo de se chegar, longe da zona sul e suas praias e modas e atores globais.  Mas eu tenho o privilégio de comer fruta colhida no pé.  Isso para mim é podre de chique, sabe.


E o verão, heim? Você está aproveitando esse calorzão do cão?  Sorte sua, porque, como muita gente sabe, eu odeio essa época. Na terça-feira, fui levar Davi para fazer mais uma dilatação do canal da uretra.  O termômetro estava marcando 43 graus.  Só uma palavra define: inferno!


Comentários
2 Comentários

2 comentários:

  1. Nossa, tudo de bom colher fruta no pé!
    Meu sonho de consumo é ter um quintal com horta plantada e também um pomar. Fico toda boba cozinhando algo que sei que é fresquinho...

    É, Lu. A gente quer nossos filhos crescendo e aproveitando todas as fases, mas essa saudadezinha dos bebês, das primeiras palavrinhas, das musiquinhas, da dependência... tudo isso nos acompanham sempre, até quando são marmanjões como o meu Gui.

    beijão

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  2. Anônimo2/23/2012

    Lu, bvem pro Paraná, que vc vai achar que o verão é frio. 43 graus? ninguém merece, aqui só chega a 35, no máximo.
    Vivi

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