POLIOMIELITE
Campanha vai vacinar mais de 12 milhões de crianças
O Ministério da Saúde quer vacinar 95% dos 12,9 milhões de crianças
de 6 meses e menores de cinco anos de idade. Campanha dura até 21 de
junho
O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (4) a 34ª Campanha
Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, em Brasília. Realizada em
parceria com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, a meta é
vacinar 12,2 milhões de crianças entre 6 meses e menores de 5 anos, o
que corresponde a 95% da população alvo de 12,9 milhões de crianças no
país. A ação começa neste sábado (8), com o Dia D de mobilização
nacional, e vai até 21 de junho.
Para a campanha, estão sendo distribuídas 19,4 milhões de doses da
vacina oral nos 115 mil postos abertos em todo o país para a vacinação.
Para operacionalização da campanha, o Ministério da Saúde está
investindo um total de R$ 32,3 milhões em repasses do Fundo Nacional de
Saúde para os estados e municípios, sendo destinados R$ 13,7 milhões
para aquisição das vacinas.
Ao lançar a campanha, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o
poder de mobilização para a vacina chegar a todas as regiões do
país.Cerca de 350 mil pessoas estarão envolvidas na realização da
campanha. Serão utilizados 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos e
fluviais.
“Em muitos países, o vírus da paralisia infantil ainda circula, por
isso é importante mantermos as nossas crianças protegidas do vírus. A
ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI), com a ampliação da
oferta de vacinas, têm demonstrado a capacidade do Sistema Único de
Saúde (SUS) de atingir os grupos alvos dos calendários de vacinação.
Isso só reforça o nosso papel de liderar no mundo inteiro a campanha
para erradicação da poliomielite”, ressaltou o ministro, lembrando que o
PNI completa 40 anos em 2013.
No ano passado, foram vacinadas mais de 14 milhões de crianças, o que
representou 99% do público alvo. Desde 2012, o Brasil passou a realizar
somente uma etapa exclusiva da Campanha Nacional de Vacinação contra a
Poliomielite, no mês de junho. No ano passado, todas as crianças até
cinco anos incompletos participavam da campanha.
ENTENDA A CAMPANHA –Neste ano, o público alvo a ser
vacinado na campanha é a partir dos 6 meses, com a vacina oral (VOP), as
chamadas gotinhas. Isso porque as crianças menores de 6 meses já estão
sendo vacinadas com a injetável (VIP) nos postos de vacinação. É
importante reforçar que os pais não esqueçam de levar a caderneta de
vacinação dos filhos para que o profissional de saúde possa avaliar a
situação vacinal da criança, considerando o esquema sequencial (quadro
abaixo).
Os pais devem levar a caderneta de vacinação dos filhos para que o
profissional de saúde possa avaliar a situação vacinal da criança,
considerando o esquema sequencial (quadro abaixo). “Além da proteção
contra a pólio, a campanha contribui para atualização do calendário de
vacinação. Caso esteja faltando alguma vacina, os pais podem programar
junto com o posto de saúde a melhor data para a criança tomar as doses
que estão faltando”, explicou o ministro.
Calendário básico de vacinação
Esquema sequencial para crianças que iniciam a vacinação contra a poliomielite
Idade | Qual a vacina |
---|---|
2 meses | Vacina inativada poliomielite – VIP (injetável) |
4 meses | VIP |
6 meses | Vacina oral poliomielite (atenuada) – VOP (oral) |
15 meses | VOP (reforço) |
Ou seja, de acordo com o cronograma do calendário básico de vacinação, a criança recebe as duas primeiras doses – aos dois e aos quatro meses – do esquema com a vacina inativada poliomielite (a VIP), de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses) e o reforço (aos 15 meses) continuam com a vacina oral (a VOP).
Se a criança menor de cinco anos nunca tiver tomado nenhuma dose
injetável, não tomará as gotinhas neste momento. Deverá iniciar o
esquema vacinal com a injetável. Por esse motivo, o Ministério da Saúde
recomenda que os estados e municípios disponibilizem também a injetável
nas suas unidades básicas de saúde, embora nesta campanha sejam
utilizadas as duas gotinhas. O objetivo é evitar que crianças que
estejam com o esquema vacinal contra a poliomielite atrasado percam a
oportunidade de vacinação.
Se a criança for vacinar em um posto temporário, que não pode oferecer a
injetável, a orientação é que seja encaminhada para uma unidade de
saúde, onde será vacinada posteriormente.
VACINA ORAL - Vale lembrar que não existe tratamento
para a poliomielite e somente a prevenção, por meio da vacinação. A
vacina protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A
eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. Ela é recomendada mesmo
para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou
diarreia.
A vacina é extremamente segura e não há contraindicações, sendo
raríssimas as reações associadas à administração da mesma. Em alguns
casos, como, por exemplo, em crianças com infecções agudas, com febre
acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina,
recomenda-se que os pais consultem um médico para avaliar se a vacina
deve ser aplicada.
VACINA INJETÁVEL – O secretário de
Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, reforçou que, com a introdução da
VIP no calendário básico de vacinação da criança no segundo semestre de
2012, o Brasil já está se preparando para utilizar apenas a vacina
inativada (injetável) quando ocorrer a erradicação da doença no mundo,
atendendo a recomendação da OMS.
Segundo Barbosa, a VIP é segura e, de acordo com os estudos, não há
possibilidade de uma criança vir a ter poliomielitecaso apresente o
esquema vacinal completo e em dia contra a doença. ”A vacina injetável é
mais segura exatamente no período em que a criança poderia apresentar
algum risco de evento adverso por causa da vacina oral”.
HISTÓRICO –O Brasil serviu de exemplo para outros
países ao adotar, a partir do ano de 1980, a estratégia anual de
campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite em duas etapas,
vacinando crianças menores de cinco anos de idade independente do estado
vacinal anterior.
O último caso registrado da doença no Brasil foi em 1989, na Paraíba.
As ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) estão voltadas à
manutenção do país livre do poliovirus selvagem. Desde 1994, o país
mantém o certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de
erradicação da poliomielite.
POLIOMIELITE NO MUNDO - Apesar de não haver registro
de casos de pólio no país, os profissionais de saúde estão em alerta
sobre a necessidade de notificação e investigação de todo caso suspeito
de pessoas procedentes de países com circulação da doença. De acordo com
a OMS, entre os anos de 2011 e 2012, 16 países registraram casos da
doença. A maioria é decorrente de importações do poliovírus selvagem de
países endêmicos (Afeganistão, Nigéria e Paquistão) ou de países que
restabeleceram a transmissão (Angola, Chade, República do Congo).
Em 2012, foram registrados 223 casos, sendo que 217 (97,3%) foram nos
países endêmicos e 6 (2,7%) nos não endêmicos. É uma redução de 36,9% no
número de casos de poliomielite no mundo, quando comparado ao mesmo
período de 2011 (604 casos). No ano de 2013, até o dia 22 de maio, foram
registrados 32 casos, sendo 8 no Paquistão, 22 na Nigéria e 2 no
Afeganistão.
A DOENÇA –A poliomielite é uma doença viral, causada
por poliovírus e subdivide-se em três sorotipos (1, 2 e 3). É altamente
contagiosa, e afeta principalmente crianças menores de 5 anos de idade. O
vírus é transmitido através de alimentos e água contaminados e se
multiplica no intestino, podendo invadir o sistema nervoso. Muitas
pessoas infectadas não apresentam sintomas da doença (febre, fadiga,
cefaleia, vômitos, rigidez no pescoço e dores nos membros), mas excretam
o vírus em suas fezes, portanto, podem transmitir a infecção para
outras pessoas.
Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de
muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão. O período de
incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da
doença) é geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A
transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.
Por Newton Palma, da Agência Saúde
Atendimento à imprensa – Ascom/MS
(61) 3315-2577/3580
Atendimento à imprensa – Ascom/MS
(61) 3315-2577/3580
Estou alegre por encontrar blogs como o seu, ao ler algumas coisas,
ResponderExcluirreparei que tem aqui um bom blog, feito com carinho,
Posso dizer que gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns,
decerto que virei aqui mais vezes.
Sou António Batalha.
Que lhe deseja muitas felicidade e saúde em toda a sua casa.
PS.Se desejar visite O Peregrino E Servo, e se o desejar
siga, mas só se gostar, eu vou retribuir seguindo também o seu.
Olá, Antonio, seja bem vindo! Que bom que gostou das minhas "neuras" rsrsrs. Fique à vontade!
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