Se existe uma dor que, para mim, é enlouquecedora, ela é a do dente. Eu não sou ninguém se tiver com algum dente doendo, até porque quando um dente dói, vai também toda a cabeça, além do ouvido.
Já sofri muito com dor de dente e de tantos canais que já tratei, acabei me especializando nisso. Não que eu seja dentista, muito menos endodontista, mas eu me considero "catedrática" nesse tratamento, uma vez que foram incontáveis as vezes em que fiz canal.
Por um desses mistérios do universo, a dor de dente geralmente aparece de madrugada, numa situação em que não há possibilidade de sair correndo para o primeiro dentista. Apesar de existirem alguns raros consultórios que atendem 24 horas, o que se faz neles geralmente também é paliativo, pelo menos nos meus casos.
Há coisa de 3 semanas descobri que minhas pontes fixas foram colocadas sobre dentes que não tiveram o canal tratado. Resultado: dor de dente, da braba, aquela que parece que a gente vai enlouquecer. No meio desse desespero, fui a um consultório 24 horas e o diagnóstico: 3 canais gritando dentro da minha boca. Conclusão: tratamento dentário, com algumas chances de perda total da ponte fixa, que me custou uma boa fortuna à época do tratamento.
Diferentemente das demais dores, a dor de dente me paralisa. Não consigo fazer absolutamente nada quando ela vem. Não consigo raciocinar, só me concentro nela, e mesmo que surjam no horizonte os 4 cavaleiros do Apocalipse anunciando o fim do mundo, o que eu só quero é que a mardita dor vá embora. O dente dói mas com um tratamento e a duras penas, tem solução. Um novo canal, uma extração, uma ponte, uma dentadura, tudo se resolve e a dor enlouquecedora e paralisante vai embora. Mas, e quando a tua vida se transforma numa constante dor de dente?
É o que tem acontecido comigo nos últimos tempos, e põe tempo nisso. De princípio, a dor de dente da vida veio devagar, mas nada que uma dipirona não resolvesse. Só que ultimamente a dor de dente da vida tem quase me paralisado. Situações que eu quero resolver e que, no momento, não tenho condições. É o canal que não para de latejar, mas que eu tenho que aguentar até um dia, quem sabe, tratá-lo. Vou citar apenas duas situações.
Já falei aqui sobre o barulho que me incomoda em casa. Assim como para muita gente uma dor de dente é apenas mais uma dor, para mim essa situação equivale aos meus 3 canais gritando na minha boca. Quero me mudar, mas no momento não tenho condições por algumas boas razões, sendo a principal a creche-escola do Davi. A vidinha dele está bem arrumada, organizada e, como também já falei por aqui, a creche fica perto de casa, o que facilita a nossa vida em qualquer situação. Há também uma questão de oportunidade. Com as obras da Transcarioca, esse não seria o momento ideal para trocar de imóvel, pois uma obra desse porte acaba valorizando o apartamento e vendê-lo agora seria perder dinheiro.
Há ainda outras questões familiares, mas que são tão desagradáveis e até um tanto inacreditáveis que não valem a pena ser contadas, pois tolerar pessoas e situações intoleráveis é um belo canal gritando dentro da minha boca. Nesse caso, porém, eu nem gostaria que esse canal fosse tratado, o que eu queria era que o dente fosse extraído mesmo. Por ora, tenho que conviver com essa dor latente, que não passa com remédio algum e bate na minha cabeça constantemente.
Minha família está bem. Davi e seu pai me dão forças, carinho, mimo, colo, consolo. Sim, o guri, ainda pequeno, já entende e me consola quando estou com dor de dente do dente e da vida. Outro dia, estava eu chorando por causa do dente - da boca. Lá vem ele e me beija e diz que a dor vai passar e fez o mesmo quando uma outra vez estava eu lá a chorar com a dor de dente da vida. Um gesto assim, de alguém que até outro dia nem sabia andar, enche meu coração de esperança de que a dor de dente da vida vai terminar um dia - até porque tudo um dia acaba. Mas enquanto isso, sei que ainda vou atravessar muitas madrugadas acordada, com essa dor que nem um consultório de atendimento 24 horas consegue resolver.
Já falei aqui sobre o barulho que me incomoda em casa. Assim como para muita gente uma dor de dente é apenas mais uma dor, para mim essa situação equivale aos meus 3 canais gritando na minha boca. Quero me mudar, mas no momento não tenho condições por algumas boas razões, sendo a principal a creche-escola do Davi. A vidinha dele está bem arrumada, organizada e, como também já falei por aqui, a creche fica perto de casa, o que facilita a nossa vida em qualquer situação. Há também uma questão de oportunidade. Com as obras da Transcarioca, esse não seria o momento ideal para trocar de imóvel, pois uma obra desse porte acaba valorizando o apartamento e vendê-lo agora seria perder dinheiro.
Há ainda outras questões familiares, mas que são tão desagradáveis e até um tanto inacreditáveis que não valem a pena ser contadas, pois tolerar pessoas e situações intoleráveis é um belo canal gritando dentro da minha boca. Nesse caso, porém, eu nem gostaria que esse canal fosse tratado, o que eu queria era que o dente fosse extraído mesmo. Por ora, tenho que conviver com essa dor latente, que não passa com remédio algum e bate na minha cabeça constantemente.
Minha família está bem. Davi e seu pai me dão forças, carinho, mimo, colo, consolo. Sim, o guri, ainda pequeno, já entende e me consola quando estou com dor de dente do dente e da vida. Outro dia, estava eu chorando por causa do dente - da boca. Lá vem ele e me beija e diz que a dor vai passar e fez o mesmo quando uma outra vez estava eu lá a chorar com a dor de dente da vida. Um gesto assim, de alguém que até outro dia nem sabia andar, enche meu coração de esperança de que a dor de dente da vida vai terminar um dia - até porque tudo um dia acaba. Mas enquanto isso, sei que ainda vou atravessar muitas madrugadas acordada, com essa dor que nem um consultório de atendimento 24 horas consegue resolver.
Faz muito tempo que eu ando à procura de um galheteiro, mas depois que você decide que muita coisa você mesma pode fazer, algumas das que são prontas acabam perdendo a graça. Foi pensando assim que eu decidi fazer meu próprio galheteiro. Não fotografei o P.A.P. porque, afinal, não foi nada de mais.
Comprei 1 caixotinho de M.D.F., as garrafinhas, o mini-ralador e os saleiros. Só não coloquei paliteiro porque, além de já ter passado essa época de palitar os dentes na mesa, acho feio e anti-higiênico, eca! Depois de pintar o caixotinho e colar as fitas, colei também um pedaço de feltro embaixo. Nas garrafas, fiz as etiquetas que são daqui com papel couchê 120 gr. Eu achei que ficou fofo. Nas fotos parece que ficou grande, mas ele é pequeno, petit.
Lú, que essa "mardita" dor de dente te deixe em paz. Um grande beijo.
ResponderExcluirZoraia.