A essas alturas você, leitor e/ou leitora, caso ainda esteja por aqui, deve estar pensando: o Davi foi mal feito, ou a Luciana está de dramalhão. Não, ele foi muito bem feito, só foi um pouco mal acabado. E eu não estou de dramalhão, apesar de tudo.
Confesso que às vezes bate um certo cansaço, culpa, e tristeza e, SIM, já chorei pacas. E ainda choro de vez em quando. Ou seja, dá fiz meu dramalhão, já dei muitos pitis. Mas o Davi é um bebê tão ativo, tão sapeca, - e está ficando tão malcriado - , que às vezes não dá para imaginar que ele já tenha algumas boas histórias nesses longos 9 meses de vida.
Boas? Acho que sim, porque, apesar dos últimos 10 meses terem sido uma viagem ininterrupta nessa montanha russa, algumas coisas estão se resolvendo, graças a Deus, apesar de ainda faltarem alguns outros ajustes.
Eu ainda não sei o que é passar 1 mês inteiro sem ir a um especialista que não seja apenas a pediatra. Ou são exames, ou consultas, ou consultas & exames, ou consultas para levar exames.
Hemogramas já são uns 6 até agora, que eu me lembre, entre algumas radiografias e ultrassonografias. O Davi está tão apavorado em deitar numa maca que é só colocá-lo sentado e ele começa a chorar, a berrar mesmo, com todas as forças.
Sem falar nas vacinas. Além do calendário básico, que vem naquela caderneta que a gente ganha na maternidade, ainda tem o calendário do Hospital Jesus e a tal vacina super cara que é aplicada na UPA. E nesse ponto, eu me sinto mais ainda abençoada.
Por ser cardiopata congênito, Davi foi encaminhado pela pediatra para o CRIE, Centro de Referência para Imunológicos Especiais, no Hospital Municipal Jesus, em Vila Isabel.
Através do CRIE, o Hospital Municipal Jesus atende crianças (e acho que adultos também) portadoras de doenças das mais variadas, congênitas ou não, e que necessitam de vacinas que estão fora do calendário básico. São aquelas famosas vacinas que os pediatras de ambulatório oferecem ou indicam, e que são pagas. E que geralmente são caras, porque vacina não é uma aplicação só, dependendo de qual seja, podem ser 3 ou mais doses. E aí, o custo total é bem alto.
Para ser atendida pelo CRIE, a criança tem que ser encaminhada pelo médico, particular ou não, e enquadrada em determinados critérios que são analisados pelo médico responsável em receber os encaminhamentos.
Davi foi enquadrado em 2 vacinas: a PNEUMO 7, ou Prevenar, e a INFLUENZA A. Na primeira são necessárias 3 doses. Na segunda, 2. Na última ida ao Hospital, Davi tomou a 1ª dose da Influenza e da H1N1, pois, no caso desta última, ele ainda não tinha 6 meses na época da Campanha. Todas essas vacinas deverão ser repetidas a partir de 1 ano e 3 meses e espero que pelo menos umas 2 delas já estejam no calendário básico. Por que? Porque, no dia marcado para ir ao Hospital Jesus, minha caravana chega lá às 5 horas da manhã!
Em se tratando de um departamento especializado, o CRIE atende crianças vindas dos mais variados recônditos do Estado: do ilustre, bucólico e charmoso bairro do Campinho, mas também de Saracuruna, Nova Iguaçu, Campos, Itaguaí. E se eu acho que acordar às 4 da manhã é cedo, para chegar lá e ser uma das primeiras a pegar as senhas que são distribuídas a partir das 7 horas, fico imaginando quem vem de mais longe, a que horas que acorda. Algumas crianças são levadas pelas ambulâncias ou carros das prefeituras de suas cidades. Esses casos geralmente são mais delicados e um tanto assustadores.
A outra vacina é a tal PALIVIZUMABE. Sim, esse palavrão foi repetido tantas vezes que agora me sai pela boca como se fosse um bocejo. Aos 4 meses, Davi foi internado com um quadro de bronquiolite, pneumonia e também um pouco de atelectasia. Em comum acordo com a pediatra, a Drª Maria de Fátima – a cardiopediatra – indicou o Davi para essa vacina, que é para a prevenção (não tratamento) da bronquiolite (aliás, essa é a mais nova sensação do rol de doencinhas entre as crianças ultimamente).
Para obter essa vacina, além de atender a alguns critérios especiais, há todo um processo que tem que ser enviado à Secretaria Estadual de Saúde e o tempo médio, no caso do Davi, foi em torno de quase 2 meses (em algumas cidades, muita gente só conseguiu depois de entrar na Justiça!). Cada dose da vacina é cara, muito cara, muito cara mesmo (não estou exagerando nem esnobando, não. Ela é cara mesmo, por isso que eu vejo que é mais uma bênção de Deus, porque eu não tenho a menor condição de pagar por ela). São 5 doses que devem ser aplicadas entre abril e agosto, período da sazonalidade da bronquiolite. Depois que o processo é autorizado, a criança tem que ser levada à UPA – no caso aqui do RJ - mais próxima da sua residência, em dia e horário devidamente agendados, para a aplicação. Antes de ser vacinada, a criança é pesada para que a enfermeira aplique a quantidade certa referente ao peso da criança.
Voltando ao Hospital Municipal Jesus, dou uma dica: se algum dia a sua criança for encaminhada para o CRIE de lá, e se você for de carro, suba a rua devagar, pois há um pequeno grupo de porquinhos que descem do Morro dos Macacos para tomar café bem cedo. Eles ficam perambulando nas calçadas e também no meio da rua, como se não houvesse amanhã. Dão uma pequena volta em frente ao Corpo de Bombeiros e à padaria, passam na banca de jornal para ler as primeiras notícias do dia e retornam ao lar um pouco antes das 6 horas. Mas atenção: nem pense em querer capturar algum deles para saborear na sua ceia natalina ou naquele escondidinho de aipim! Bem provável que você leve uma saraivada de fuzil!!!
Confesso que às vezes bate um certo cansaço, culpa, e tristeza e, SIM, já chorei pacas. E ainda choro de vez em quando. Ou seja, dá fiz meu dramalhão, já dei muitos pitis. Mas o Davi é um bebê tão ativo, tão sapeca, - e está ficando tão malcriado - , que às vezes não dá para imaginar que ele já tenha algumas boas histórias nesses longos 9 meses de vida.
Boas? Acho que sim, porque, apesar dos últimos 10 meses terem sido uma viagem ininterrupta nessa montanha russa, algumas coisas estão se resolvendo, graças a Deus, apesar de ainda faltarem alguns outros ajustes.
Eu ainda não sei o que é passar 1 mês inteiro sem ir a um especialista que não seja apenas a pediatra. Ou são exames, ou consultas, ou consultas & exames, ou consultas para levar exames.
Hemogramas já são uns 6 até agora, que eu me lembre, entre algumas radiografias e ultrassonografias. O Davi está tão apavorado em deitar numa maca que é só colocá-lo sentado e ele começa a chorar, a berrar mesmo, com todas as forças.
Sem falar nas vacinas. Além do calendário básico, que vem naquela caderneta que a gente ganha na maternidade, ainda tem o calendário do Hospital Jesus e a tal vacina super cara que é aplicada na UPA. E nesse ponto, eu me sinto mais ainda abençoada.
Por ser cardiopata congênito, Davi foi encaminhado pela pediatra para o CRIE, Centro de Referência para Imunológicos Especiais, no Hospital Municipal Jesus, em Vila Isabel.
Através do CRIE, o Hospital Municipal Jesus atende crianças (e acho que adultos também) portadoras de doenças das mais variadas, congênitas ou não, e que necessitam de vacinas que estão fora do calendário básico. São aquelas famosas vacinas que os pediatras de ambulatório oferecem ou indicam, e que são pagas. E que geralmente são caras, porque vacina não é uma aplicação só, dependendo de qual seja, podem ser 3 ou mais doses. E aí, o custo total é bem alto.
Para ser atendida pelo CRIE, a criança tem que ser encaminhada pelo médico, particular ou não, e enquadrada em determinados critérios que são analisados pelo médico responsável em receber os encaminhamentos.
Davi foi enquadrado em 2 vacinas: a PNEUMO 7, ou Prevenar, e a INFLUENZA A. Na primeira são necessárias 3 doses. Na segunda, 2. Na última ida ao Hospital, Davi tomou a 1ª dose da Influenza e da H1N1, pois, no caso desta última, ele ainda não tinha 6 meses na época da Campanha. Todas essas vacinas deverão ser repetidas a partir de 1 ano e 3 meses e espero que pelo menos umas 2 delas já estejam no calendário básico. Por que? Porque, no dia marcado para ir ao Hospital Jesus, minha caravana chega lá às 5 horas da manhã!
Em se tratando de um departamento especializado, o CRIE atende crianças vindas dos mais variados recônditos do Estado: do ilustre, bucólico e charmoso bairro do Campinho, mas também de Saracuruna, Nova Iguaçu, Campos, Itaguaí. E se eu acho que acordar às 4 da manhã é cedo, para chegar lá e ser uma das primeiras a pegar as senhas que são distribuídas a partir das 7 horas, fico imaginando quem vem de mais longe, a que horas que acorda. Algumas crianças são levadas pelas ambulâncias ou carros das prefeituras de suas cidades. Esses casos geralmente são mais delicados e um tanto assustadores.
A outra vacina é a tal PALIVIZUMABE. Sim, esse palavrão foi repetido tantas vezes que agora me sai pela boca como se fosse um bocejo. Aos 4 meses, Davi foi internado com um quadro de bronquiolite, pneumonia e também um pouco de atelectasia. Em comum acordo com a pediatra, a Drª Maria de Fátima – a cardiopediatra – indicou o Davi para essa vacina, que é para a prevenção (não tratamento) da bronquiolite (aliás, essa é a mais nova sensação do rol de doencinhas entre as crianças ultimamente).
Para obter essa vacina, além de atender a alguns critérios especiais, há todo um processo que tem que ser enviado à Secretaria Estadual de Saúde e o tempo médio, no caso do Davi, foi em torno de quase 2 meses (em algumas cidades, muita gente só conseguiu depois de entrar na Justiça!). Cada dose da vacina é cara, muito cara, muito cara mesmo (não estou exagerando nem esnobando, não. Ela é cara mesmo, por isso que eu vejo que é mais uma bênção de Deus, porque eu não tenho a menor condição de pagar por ela). São 5 doses que devem ser aplicadas entre abril e agosto, período da sazonalidade da bronquiolite. Depois que o processo é autorizado, a criança tem que ser levada à UPA – no caso aqui do RJ - mais próxima da sua residência, em dia e horário devidamente agendados, para a aplicação. Antes de ser vacinada, a criança é pesada para que a enfermeira aplique a quantidade certa referente ao peso da criança.
Voltando ao Hospital Municipal Jesus, dou uma dica: se algum dia a sua criança for encaminhada para o CRIE de lá, e se você for de carro, suba a rua devagar, pois há um pequeno grupo de porquinhos que descem do Morro dos Macacos para tomar café bem cedo. Eles ficam perambulando nas calçadas e também no meio da rua, como se não houvesse amanhã. Dão uma pequena volta em frente ao Corpo de Bombeiros e à padaria, passam na banca de jornal para ler as primeiras notícias do dia e retornam ao lar um pouco antes das 6 horas. Mas atenção: nem pense em querer capturar algum deles para saborear na sua ceia natalina ou naquele escondidinho de aipim! Bem provável que você leve uma saraivada de fuzil!!!
Atualização:
(A partir de hoje, crianças menores de dois anos poderão receber as vacinas contra meningite C e pneumonia gratuitamente em postos de saúde dos 92 municípios fluminenses. As vacinas foram incluídas no calendário básico de vacinação pelo Ministério da Saúde.
A vacina Pneumocócica 10-valente é feita em quatro etapas: no 3º, no 5º e no 7º mês de vida do bebê, mais um reforço no 12º mês da criança. Já a vacina conjugada contra meningococo C terá três doses: no 3º e no 5º mês de vida e a terceira no 15º mês de vida.
Com as vacinas, além de se prevenirem das duas doenças, as crianças estarão imunizadas contra mais de dez tipos de problemas, entre eles septicemia, artrite, sinusite e otite média aguda.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, as vacinas não causam reações adversas graves. Além disso, o órgão ressaltou que não se trata de uma campanha, mas sim vacinação de rotina para todas as crianças - como já acontece com outros imunizantes. Por isso, não é preciso nenhuma corrida aos postos de saúde: os novos imunizantes estarão disponíveis durante todo o ano e não apenas em épocas de surgimento de surtos, como as vezes acontece.
Bactéria mata
De acordo com o Ministério da Saúde, o pneumococo é a segunda maior causa de meningites bacterianas no Brasil. A bactéria causa por ano, em média, cerca de 1,25 mil casos de meningite pneumocócica, além de 370 óbitos no País. O pneumococo também é o principal agente causador de pneumonias em todas as faixas etárias.
De acordo com o Ministério da Saúde, o pneumococo é a segunda maior causa de meningites bacterianas no Brasil. A bactéria causa por ano, em média, cerca de 1,25 mil casos de meningite pneumocócica, além de 370 óbitos no País. O pneumococo também é o principal agente causador de pneumonias em todas as faixas etárias.
Que maratona hein?! Você é uma mãe maravilhosa! :) Deus te abençoe sempre.
ResponderExcluirGata adorei as dos porquinhos.... ótima!!!!
ResponderExcluirE outra coisa que tenho observado, é que vc anda entendendo tudo de baby, doenças, sintomas, vacinas... Muito legal.
Tive a informação completa da vacina contra meningite pelo seu blog... Êêêêê... blog totalmente por dentro das atualidades!!!!
Bjs miga.
Nélia,
ResponderExcluirEsse blog, além de super mega chique, também é de utilidade pública. Pelo menos em uma vacina eu não vou precisar mais madrugar! Rsrsrsrss. Bjs.
Neth,
ResponderExcluirNem por isso eu perco 1 gr sequer! Rsrsrsrs. Vou te mandar uma MP lá na família, ok? Bjs.
Só não sei como vc consegue decorar tanto nome multi poli ultra super silábico. Pra mim bronquiolite foi o máximo que consegui reter. Por que não aproveita TODO esse tempo livre e faz faculdade de Medicina. Pelo jeito vc vai tirar de letra, rsrs
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