A Caixa



É impressionante a quantidade de remédios que reunimos quando temos criança em casa.  Se antes uma cartela de aspirina ou  dipirona eram suficientes, depois que os filhos chegam, uma filial da farmácia também se instala em nossa casa. No lugar da famosa "caixinha de remédios" que continha muito mais esparadrapos, band-aid, ou mesmo alguns antiácidos, encontra-se uma respeitável CAIXA com os mais variados tipos de xaropes, pomadas, seringas, termômetros, copinhos dosadores, entre outros remédios pediátricos.
Em apenas 1 ano conseguimos acumular uma quantidade considerável de remédios de dar inveja ao mais genuíno hipocondríaco. Porém, o que mais me assusta não é a quantidade em si, mas o quanto sobra daquilo que é utilizado. Porque muitas vezes, a ministração de tal ou qual remédio consome menos da metade do frasco ou da caixa, e aí, o que se faz depois? Sim, porque depois tem sempre um outro remédio, que é indicado para a mesma coisa!  Acredito que não exista alguém mais feliz no mundo do que os representantes de laboratórios de remédios pediátricos! Então, a caixa se abarrota de remédios e remédios, um mais novo que o outro na praça, mas que serve para o mesmo problema.

Em algumas situações a quantidade de remédio a ser ministrada é exatamente a mesma que será comprada, o que já é um grande alívio, pois o fato de ser consumido por completo nos dá uma leve sensação de que o nosso dinheiro - em forma de xarope, geralmente - não vai ficar parado dentro da caixa, esperando a validade expirar.  Existem aqueles que são ministrados uma ou duas vezes e ficarão dormindo dentro da tal caixa.  Há também aqueles remédios que são presença constante e permanente, porque serão utilizados  quando a gente já sabe o que fazer caso  a criança  apresente uma febre ou uma diarréia. Nesse caso específico, que fique claro: isso não significa ministrar remédios sem  orientação médica, de jeito algum!
No nosso país, somos contempladas com os medicamentos genéricos,  uma ideia genial para baratear os custos dos remédios, que são a cópia fiel daqueles que são fabricados pelo laboratório que detém a patente. Mas cuidado: medicamento genérico não é medicamento similar. Portanto, preste muita anteção quando for a uma farmácia e o atendente disser que só tem o remédio similar.  Nesses casos, pergunte ao médico de sua criança se, ainda assim, a compra é válida. A meu ver,  porém, na ausência do genérico, o melhor é comprar o original, mesmo sendo mais caro. Nada vale mais do que a saúde dos nossos filhos.
Bem que poderia existir uma espécie de farmácia de remédios usados, de forma que pudéssemos trocar os medicamentos que temos por aqueles que iremos precisar. Não seria legal?  Mas poderíamos fazer uma troca entre as mães que conhecemos, que tal? Na verdade, não sei se isso é ilegal, até porque estaríamos trocando remédios receitados pelos médicos, que fique claro novamente!  Eu sei que, na hora do aperto, a gente sai tresloucada e entra na primeira farmácia que aparece na nossa frente, mas seria interessante se um dia fizéssemos um levantamento na CAIXA-enorme-de-remédios, a fim de trocarmos ou mesmo doarmos para quem está precisando.  

Uma outra dica: Esqueça a imagem que ilustra esse post. Sempre que for ministrar algum remédio para sua criança, use uma seringa (sem a agulha, claro!).  Já existem remédios que vêm com uma seringa dosadora, o que facilita não somente a ingestão da criança - porque geralmente remédio de criança é líquido - mas também porque a gente coloca a dose exata.  Se você ainda não experimentou, vai ver como é prático utilizar seringas ao invés de ficar se descabelando com o tamanho variado de colheres de sopa ou de chá, ou ficar equilibrando aqueles malignos copinhos dosadores.  Além de evitar que o remédio vire ou seja expelido pela criança, você não corre o risco de dosar para mais ou para menos.  E coloque sempre o remédio no canto da boca e não diretamente na garganta da criança, senão ela engasga, né!

Viu como esse blog é chique e de utilidade pública?


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