Deixe Prá Lá


Achei essa mensagem muito interessante, me identifiquei e gostaria de compartilhar com você.

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Se não deu certo, seja por que razão for, deixe pra lá...

Se você passou dos quarenta, não conseguiu o que queria, lamenta-se pelo que não viveu, sofre pelo que ainda há por vir, deixe pra lá...

Se você faliu, perdeu dinheiro num negócio, ficou desempregado ou construiu algo que não deu certo, deixe pra lá...

Se você se apaixonou por alguém, entregou-se de coração, se sonhou, fez planos, alimentou expectativas, e nada se concretizou, deixe pra lá...

Se você foi desprezado, ou desacreditado, se foi humilhado ou mesmo substituído sem explicação ou justificativas, deixe pra lá...

Se te julgaram medíocre, ou se você foi taxado abaixo da média, se as portas se fecharam ou se foi vítima de preconceitos, deixe pra lá...

Se você sentiu-se traído, se foi enganado, se já teve a experiência de ser passado para trás ou se os que se sentavam a sua mesa te abandonaram, deixe pra lá...

Se você sonhou com coisas impossíveis, se fez planos irrealizáveis, se constatou que é só um rosto na multidão, que apenas habita a vala dos comuns, deixe pra lá...

Se você empreendeu algo, se gastou sangue, suor, lágrimas, se foi parte essencial para colocar uma coisa de pé e, depois de tudo, foi esquecido, desprezado, posto ao lado, deixe pra lá...

Se você se esforçou, se estudou, se trabalhou duro ou mesmo foi ao extremo de suas forças e, ainda assim, não conseguiu o que queria, deixe pra lá...

Se num determinado momento lhe faltarem amigos, lhe faltarem motivos, lhe sobrarem perigos, fique tranqüilo, respire fundo e deixe pra lá...

Se seu chão desapareceu, suas convicções se dissolveram, suas certezas ruíram, seu racionalismo falhou e seu pragmatismo lhe abandonou na hora “H”, deixe está, deixe pra lá...

Se você se deu, mas não foi desejado, se amou, mas não foi amado, se serviu, mas não foi lembrado, se caiu, e não foi ajudado, se gemeu, mas não foi consolado, deixe pra lá...

Se o que você é te incomoda, se o que foi te apavora e se o que poderá vir a ser te frustra, deixe pra lá...

Se a fé te faltou, se o milagre falhou, se a igreja decepcionou ou o sacerdote se equivocou, não te admires, isto é muito normal, deixe pra lá...

Não se torne cético e também não seja cínico, não se encha de confiança, mas nunca perca a esperança, não abandone aquilo que persegue – insista, e nem se dê por vencido ao cair – não desista, creia duvidando, ame desconfiando, vá aos extremos, contradiga-se, decepcione-se, deprima-se, seja gente, siga em frente, assuma seus erros, seja grande, aborreça-se de vez em quando, chore um pouco, ria do absurdo, aprenda com seus erros, dê significado a suas derrotas, mas, quando tudo isto te for impossível de fazer, dou-te um excelente conselho,

Deixe pra lá...
Autor Carlos Moreira
Fonte: http://libertosdoopressor.blogspot.com

Você Tem Medo de Que?




Arthur Xexéo
escreveu há alguns dias a respeito de seus medos infantis, entre eles o da tão medonhenta "areia movediça", da III Guerra Mundial e do Papa da época dele.  Claro que uma mensagem como aquela refresca a memória da maioria dos leitores, a minha inclusive, trazendo de lá  do fundo do baú  alguns medos que acompanharam a infância  e que continuam na vida adulta

Eu não tenho muitos medos, pelo menos alguns "clássicos", como, medo de andar sozinha,  de barata, aranha, gato preto, sexta-feira 13, nunca tive medo da mulher loira do banheiro da escola, medo de dentista ou de tomar injeção. Mas confesso que tenho um pouco de medo do escuro, além da inexplicável fobia por répteis e derivados. Assim como Xexéo, também sofri com a iminente III Guerra Mundial (e o terrível telefone vermelho), que eu confundia com o Armagedon e com as pessoas que não iriam para o céu caso Jesus voltasse.

Tenho medo de trens e de metrô. Fico sempre atrás da faixa amarela, não por causa da regra, mas por medo mesmo. Fico imaginando aquelas máquinas enormes esmagando uma pessoa.  E assim também como Belchior, tenho medo de avião, apesar de nunca ter entrado em um. Tenho outros medos, mas é óbvio que não vou listá-los todos aqui porque não é esse o objetivo.

Entre tantos medos que se vão ou passam a existir em nossas vidas, descobri que o grande medo da maioria das mães é o de morrer. Mãe não pode morrer.  Nunca e nunca mais. Tem que viver para sempre, afinal, quem irá cuidar dos filhos? Se não pode, sequer, ficar doente, morrer não é nem a última coisa a acontecer na vida de uma mãe! É absurdo? Parece que sim, mas o mundo materno é cheio de coisas absurdas.

Não é uma questão de se tornar imortal ou heroína, pelo contrário, acho que é a vontade em querer presenciar todo o desenvolvimento da criança (que vai ser criança para sempre) e  estar sempre à disposição para eventuais acidentes de percurso. Mesmo que o natural seja os pais morrerem antes dos filhos, imagino que muitas mães queiram viver enquanto os filhos viverem. Talvez, lá pelos 90 ou 127 anos, algumas já tenham alcançado a consciência de dever cumprido, porém, imagino que se houvesse uma pílula do viver eterno este seria um recurso bastante utilizado pelas mães.  Eu sei que tem horas que dá vontade de matar a criança, mas isso é outro caso. Mãe  geralmente quer viver para sempre e não morrer nunca. Nunca para sempre!

Há também o medo de dizer NÃO à criança, que eu penso ser o resultado de algum princípio psicológico  pós-Woodstock que defende a ideia de que a criança pode, por si só, estabelecer os próprios limites, alguma bobagem assim. O que acontece, nesse caso, é um medo muito grande por parte dos pais de não serem aceitos, de serem rejeitados pelo filho, de não serem amados e gostados por ele. E daí, toma-lhe culpa, e toma-lhe atender aos caprichos mais sórdidos das crianças.

Medo de morrer e medo de não conseguir dizer NÃO de forma equilibrada fazem parte da vida de quem quer ver os filhos crescerem de forma saudável, física, moral e eticamente. Por enquanto, e já cedo, tenho percebido a inerente tendência do ser humano em não atender - ou não (querer) entender - o significado da palavra NÃO.


Espero que Davi não tenha medo nem de mim, nem de répteis (contanto que ele os mantenha bem longe de casa, claro).  Sei que ele ainda está muito novo para ter qualquer tipo de medo, pois não tem a menor noção de perigo, porém, eu tenho absoluta certeza de que ele entende direitinho o significado da palavra NÃO!


E já que eu não posso morrer, pelo menos nos próximos 90 ou 127 anos, vou me esforçar ao máximo para não economizar nem temer o uso dos NÃOS para aquele pedacinho de gente, mesmo constatando que dizer NÃO e dizer nada é a mesma coisa! Impressionante!



Ok, eu sei que esse foi mais um post piegas, além de ter ficado bem melado.  A maternidade às vezes é bem cafona, não é?

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Ser Mãe É....


Sim, esse post-clichê era inevitável, então, lá vai a lista, que não está nem em ordem cronológica, genealógica ou meteorológica.


 Ser Mãe É....

  • Entrar numa loja de departamentos e ir direto para a sessão infantil.
  • Entrar numa livraria e ir direto para a sessão infantil.
  • Entrar num supermercado e ir direto para a sessão de leite em pó e outros alimentos infantis.
  • Entrar numa farmácia e ir direto para a sessão de remédios, xaropes, leite, pomadas, cremes e outras quinquilharias infantis.
  • Parar numa barraquinha de rua e confundir roupinhas de cachorro com roupinhas de criança.
  • Parar numa barraquinha de rua que vende roupinhas infantis e querer comprar toda a barraquinha.
  • Tentar decorar as musiquinhas dos desenhos e programas infantis.
  • Entrar em qualquer estabelecimento que vende mamadeiras e querer comprar, pelo menos, duas.  Sempre.
  • Conseguir ouvir, em meio a qualquer barulho, o choro da sua criança.
  • Levar a metade da casa dentro de uma bolsa quando sai com a criança para qualquer lugar, mesmo que seja pertinho.
  • Não ter nojinho de vômitos, melecas e fraldas recheadas de cocô.
  • Conseguir cortar as unhas da criança já na primeira semana de vida dela.
  • Colocar o dedo em frente das narinas da criança para verificar se ela ainda está viva.
  • Colocar as mãos na moleira da criança para verificar se ela ainda está viva.
  • Cutucar a criança para verificar se ela ainda está viva.
  • Acordar várias vezes durante a madrugada para verificar se a criança não teve morte súbita.
  • Acordar de madrugada para verificar se a criança está coberta e não está com frio. 
  • Acordar várias vezes de madrugada para verificar se a criança não se afogou ou se enforcou com as cobertas. 
  • Passar a dirigir feito mulézinha.
  • Nunca mais saber o que é dormir uma noite inteira. Nunca mais para sempre.
  • Ser a primeira a alimentar e a última a se alimentar.
  • Ser a última a ir deitar e a primeira a levantar.
  • Ser a primeira a dar banho e a última a tomar banho.
  • Ser a última a se arrumar e a primeira a arrumar.
  • Deixar de comprar qualquer coisa para si - qualquer coisa mesmo - para comprar alguma coisinha para a criança - qualquer coisinha mesmo.
  • Constatar que vestir meninos é bem mais prático que vestir meninas.
  • Constatar que a sessão de roupas e calçados de  meninos é bem menor que a sessão de meninas.
  • Constatar que, apesar de prática, roupa de meninos não tem muita variedade, nem de modelos nem de cores.
  • Chorar e querer matar quando vê ou sabe de alguma maldade feita com uma criança.
  • Guardar dados específicos para sempre, como peso e altura do nascimento da criança.
  • Fazer bolo de "aniversário do mês" todos os meses para a criança, até ela completar 1 ano, mesmo sabendo que a criança não vai comer (mas ela, a mãe, vai sim, e muito).
  • Chegar à conclusão que muita coisa que leu e comprou durante o enxoval serviu pouco ou nada.
  • Nunca mais deixar as unhas crescerem.
  • Dar um tempo nos brincos e cordões espalhafatosos.
  • Dar um tempo nas sandálias com salto maior que 5 cm.
  • Ficar espantada e frustrada com o preço absurdo de alguns brinquedos que, ao final, serão quebrados ou largados de lado, por mais pedagógicos que sejam.
  • Ficar espantada e feliz em constatar que criança se diverte da mesma forma, tanto com um brinquedo super caro e pedagógico quanto com uma colher de pau usada, muito usada.
  • Ficar espantada com o preço absurdo dos calçados infantis.
  • Ficar mais espantada ainda com o curto tempo de vida dos calçados infantis.
  • Ficar espantada com a competição acirrada entre as mães (e pais) e tentar não cair nessa armadilha.
  • Ficar com o coração apertado quando sai para trabalhar e deixar a criança.
  • Ficar com o coração apertado quando sai para trabalhar e a criança ainda está dormindo.
  • Ficar com o coração apertado quando chega do trabalho e a criança já está dormindo.
  • Chegar do trabalho e encontrar a criança dormindo e, mesmo assim,  arrumar um pretexto para tirá-la do berço só para ficar um pouquinho com ela no colo fazendo cafuné.
  • Chegar do trabalho, encontrar a criança acordada e ter que aguentar seu desprezo, pois ela se sentiu  "abandonada" durante todo o dia, e só depois de muita babação ela fica de bem.
  • Arregalar bem os olhos em direção às mãos da enfermeira na hora da vacinação da criança.
  • Pedir para morrer quando a criança está gritando na hora de colher sangue para exames.
  • Guardar os tufinhos do primeiro corte de cabelo da criança.
  • Tentar resistir à tentação de comprar um kit-alguma-coisa, só porque vem com um brinquedinho ou bonequinho.
  • Tentar resistir à tentação das promoções-cilada do tipo "compre o produto Y e + 200 x de R$ 0,99", só porque vem com um brinquedinho ou bonequinho.
  • Cair na tentação e comprar um kit-alguma-coisa, só porque vem com um brinquedinho ou bonequinho. 


      Simpatia é Quase Amor*


      Não sei se simpatia ou facilidade de comunicação é componente de DNA.  Alguns casos provam que não.  Por exemplo, já percebi que mães e pais "doidões" acabam tendo filhos "caretas", digamos assim. Não significa que caretice seja falta de simpatia ou de comunicação, porém, há filhos bem mais contidos que seus pais.  E vice-versa também, vamos combinar. Muitos pais sisudos e compenetrados geraram roqueiros, ativistas, artistas, ou seja, pessoas mais "extrovertidas" e com alguma, alguma simpatia. Isso não é regra, que fique claro, é apenas uma constatação, que talvez sirva para concluir que a humanidade não é uma linha de produção, mas que cada peça pode ser uma peça!

      Eu sei que eu não sou a pessoa mais simpática do mundo, pelo menos não à primeira vista, ou sempre, ou todos os dias. Muita gente já me disse que eu era uma antipatia ambulante até me conhecer. Sem querer puxar sardinha para a minha brasa, costumo dizer que eu sou mais distraída do que exatamente metida. E um tanto quanto tímida.  Sim, pode até parecer que não, mas eu sou bem tímida e até meio tapada em alguns momentos. E um pouco desligada também.  No geral,  porém, eu me considero bem comunicativa e às vezes simpática.

      O pai do Davi é aquele tipo de pessoa que se comunica com muita facilidade.  É impressionante como ele, em qualquer lugar, na maioria das vezes, encontra algum amigo de infância ou um colega de trabalho/curso/futebol/ônibus/rua/botequim/fila/trem/metrô/feira/portaria/colégio/sala/andar/prédio/padaria/bar/armazém/  ponto de van/supermercado. Não estou puxando sardinha para a brasa dele não, mas ele é o tipo de pessoa acessível,  seja com o gari ou com o chefe. Tudo, claro, sem extravagâncias ou falta de respeito, mas com muita simpatia.

      Costumo dizer também que Davi, apesar dos 10 meses de vida, é um bebê bem "dado".  É aquela criança que, na grande maioria dos casos, não estranha ninguém, ri para todo mundo, se joga mesmo. É facim, facim.  Também não estou puxando sardinha para a brasinha dele, não, mas meu filho é muito comunicativo e simpático. 

      Considerando que Davi ainda não está na creche e, portanto, ainda não tem grandes contatos diários com outras crianças, reconheço que ele é, até o momento, uma criança que interage muito bem com outras pessoas, grandes ou pequenas. Acho isso ótimo, porque eu não não gostaria de ter um filho cheio de não-me-toques, de frescuras, que  estranha todo mundo. Claro que, muitas vezes, é da própria criança se comportar assim. Da minha parte, porém, não sou o tipo de mãe que não gosta que seu filho seja tocado ou que vá no colo das pessoas.  É claro que também não sou doida de sair entregando o Davi nas mãos de todo mundo e de qualquer um, mas já vi e vivi casos extremos, em que mães não deixavam sequer as pessoas se aproximarem de suas crianças.  Só não me perguntem o motivo, porque eu também não sei, porque tais crianças não tinham nenhuma doença contagiosa aparente!

      Se Davi for comunicativo como pai e um tanto simpático como a mãe, já vou me dar por satisfeita, porque sei que ele vai levar a vida mais leve. Porém, nada disso vai adiantar se ele não for empático.  Se não for verdadeiramente humano, sensível aos sentimentos e necessidades do seu próximo, se não for capaz de se colocar no lugar do outro para entender o que se passa com o outro. Distribuir sorriso e simpatia  por aí não é de todo a coisa mais difícil do mundo, porém, aprender a lidar com as dificultades, próprias e a de outros, isso, sim, é uma arte. Não adianta ser comunicativo e simpático e ser egoísta, egocêntrico, mesquinho. 

      E aí alguém pode me perguntar: como você vai impedir que o Davi seja egoísta, egocêntrico, antipático? Eu respondo que não tenho capacidade de impedir, mas vou tentar mostrá-lo que esse não é o caminho bom para ser seguido, até porque não há exemplos assim dentro de casa. Sim, pode acontecer também o contrário: Davi se tornar um ser repugnante, insuportável, insolente, arrogante, detestável, quem vai saber? A gente se esforça para criar pessoas minimamente aceitáveis, sem muita garantia de sucesso, não é?

      Pois é, ainda não cheguei no momento de me preocupar com a profissão ou com a futura esposa do Davi.  No momento, apesar de ele ter menos de 1 ano, o que me toma o pensamento é saber se ele vai se tornar uma pessoa muito mais que comunicativa e simpática, e sim, alguém sensível e verdadeiramente humano.

      Sim, este post tem uma boa dose de filosofia-de-botequim e ficou um tanto quanto piegas.  Mas mãe geralmente é piegas, não?

       
      (*Simpatia é Quase Amor é o nome de um bloco carnavalesco carioca)