Trim, trim, trim. Para, para, para, terê, terê, terê

Na última consulta anual à oftalmologista, em dezembro, uma das primeiras perguntas que ela fez foi: "como está a fala dele?"  Eu disse que estava bem, porém, Davi estava trocando o R pelo L.  No lugar de pReto, pRato, ele pronunciava pLeto, pLato, pLaia.  Com 6 anos, a fala já deveria estar completamente formada, porém, se até fevereiro ele continuasse trocando R por L, teríamos que procurar uma Fonoaudiologista.  E foi o que fizemos.

O pai do Davi fala rápido, mas tão rápido que às vezes nem ele consegue entender o que fala.  É angustiante, porque eu tenho que perguntar várias vezes "o que?" e ele tem que repetir.  Tem horas que eu perco a paciência e quando ele me pergunta alguma coisa eu apenas ignoro, suspiro fundo e ele me pergunta se eu ouvi.  Digo que não sou surda, apenas não entendi o que ele falou.

Davi é um falastrão.  Desde bem novinho, nos tempos de formação da fala, ele já tagarelava sem parar.  Isso é ótimo, porque criança se comunicando é sinal de saúde, de socialização - pelo menos é o que eu acho.

Um dos fatores que prejudicam a fala é o tamanho do freio que fica embaixo da língua.  Davi nasceu com o freio muito curto e com 7 meses fez uma pequena incisão, senão, iria falar com a língua plesa.  Mesmo assim, seu freio continuou pequeno.

A terapia é 1 vez por semana, e quem já teve filho em Fono sabe que existem os exercícios que devem ser feitos em casa, a fim de alongar o freio lingual e estimular a musculatura da língua.

Confesso que acho uma chatice sem fim, mas tenho que fazer, afinal, a terapia é para isso mesmo, né. Vai que o guri, quando crescer, se torne ministro do STF!  Já pensou, ele pronunciado uma decisão falando "o plocesso não pode ser plotelado"?, tipo Cebolinha?  Não, não dá!



Ânimo vai, ânimo vem, mas eu continuo por aqui.  Obrigada pela tua presença, é ela que me incentiva a continuar.