2 cm e uma sereia


Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Como já falei algumas vezes, a consulta à pediatra é, para mim, um momento de tensão, sempre.  Apesar de a periodicidade ser de 6 meses, não adianta, eu fico sempre apreensiva e acredito que esse sentimento seja resquícios dos 2 primeiros anos de vida do Davi, que foram bem cheios de surpresas.

Como já falei algumas vezes, Drª Andréia é detalhista e minuciosa, vira a criança do avesso.  Médica Neonatal, já se deparou com os mais diversos tipos de problemas congênitos, o que resultou num olhar muitíssimo apurado em detectar alguma coisa que possa estar fora da normalidade.  Portanto, quando ela diz "está tudo bem", existem grandes chances de que tudo esteja realmente bem.  Porém, em se tratando de alguém "meio" neurótica como eu...

Como já falei algumas vezes, há algum bom tempo tenho implicado com a estatura do Davi, a ponto de andar com fita métrica ou trena para medir o moleque. Seu peso já não é um foco de estresse para mim, pois que puxou ao pai nesse sentido e, graças a Deus, existem poucas chances de desenvolver obesidade, ou seja, é magrelo, mas com muita saúde.  A altura, para sua idade, porém...

Pois então que esta semana fomos à consulta de rotina e minha cisma apenas se confirmou: Davi está 2 centímetros abaixo da altura que deveria estar para a sua idade.  Da última consulta para cá, apesar, claro, de ter se desenvolvido, seu crescimento deu uma desacelerada, mesmo que ainda esteja dentro da curva da normalidade.  O problema é que eu, quase nunca, estou dentro da normalidade...

2 centímetros...2 centímetros...

Já caí na Internet em busca de informações que indicam que em alguns momentos o ritmo do crescimento da criança aumenta e diminui até ela alcançar sua estatura definitiva.  Na verdade, eu nem precisava pesquisar nada, eu já sabia disso, mas é aquele negócio, a teoria, na prática, é bem diferente.  Eu sei que 2 centímetros não é nenhuma sangria desatada, mas houve uma Miss Brasil que perdeu o título mundial por medir 2 polegadas... a mais...

No mais, a única orientação dada foi que busquemos um(a) ortopedista pediátrico(a).  Já há algum bom tempo que Drª Andréia vem comentando sobre os pés chatos do Davi, então, lá vamos nós verificar se há alguma necessidade de tratamento ortopédico para ele.



No último sábado foi realizada a festa do Dia das Mães na escola.  Considero que esta tenha sido, efetivamente, a primeira festa para comemorar - a da na escola, claro -, visto que no ano passado foi um horror, Davi chorou o tempo todo, dormiu no meu colo e não quis fazer nada, a não ser ficar pendurado no meu pescoço.  Ele e outros de seus amiguinhos, pois que parece que combinaram de se comportar assim.  A professora de então, meio sem jeito, tentou nos convencer de que durante os ensaios tudo havia saído bonito, porém, na hora da apresentação... nada.

Este ano, todos cantaram e dançaram direitinho a música Exagerado, do Barão Vermelho, e que combinou muito bem com a coreografia ensaiada.

O tema da festa foi Mamãe é uma Sereia e para a ocasião foi confeccionada uma cauda para que as mães a utilizassem para tirar fotos com seus pequenos, além de um painel com as fotos de várias mães.




Na hora em que a turminha do Davi entrou para a a apresentação, pude sentir a apreensão de todas as mães daquele grupo para ver se eles, de fato e enfim, iriam fazer bonito.  E fizeram mesmo.  Desta vez, valeu.

Em se tratando de um acontecimento inédito, eu optei por fotografar ao invés de chorar (não dava para fazer as duas coisas ao mesmo tempo...).




Foi mais um dia especial que Davi me proporcionou.  Como não ser feliz?



O armário da pia - a saga

Pense num trânsito parado.  Não daqueles normais de hoje em dia, mas aqueles em que as pessoas desligam o motor do carro/ônibus e não conseguem enxergar uma saída.

Pense naquele dia modorrento, abafado, que não dá vontade de fazer nada a não ser ficar parada esperando o calorão passar.


Pense num dia que não rende, não termina, não vai nem vem.


Pois foi assim a saga da renovação do armário da pia, que fez 1 mês e tal dia desses.  E aí é aquela mesma coisa: a gente pensa que o negócio vai ser fácil e rápido, mas ele toma todas as nossas energias, tempo e até paciência.

A verdade é que o armário da pia já estava clamando por uma intervenção.  A madeira estava tão seca que levamos - eu e marido - 2 fins de semana só lixando - com lixa nº 50!! - as portas e gavetas.  Tive que passar umas 3 demãos de tinta, pois que ela não pegava de jeito algum, a madeira sugava tudo, tipo um Buraco Negro, sabe.


Não cheguei a lixar o interior das gavetas e sim a parte externa, as beiradas e as placas onde ficam os puxadores. Essas placas foram acopladas à caixa/gaveta e removidas para serem lixadas, só que na hora de colocá-las no lugar... foi uma boa trabalheira porque elas apenas não encaixavam!


As 3 portas também me deram um chá de cansaço, porque todas as vezes em que eu ia pintá-las vinha um vendaval tão forte que acabava machucando a pintura em algum lugar.  O lado positivo desse vento todo é que ajudava a secar a tinta mais rápido.  Uma coisa boa foi que eu pintei tudo com pistola elétrica - SIM!, agora eu tenho uma - uma excelente aquisição e que facilitou muito o trabalho.  

Após pintar o interior do armário, achei melhor dar um touch nele e aí decidi cobrir a prateleira e o "chão" com esse plástico com essa estampa bem.... hum.... leguminosa.  Infelizmente não me dei conta e acabei colando a imagem da parte de baixo para o lado de dentro do armário, mas isso é detalhe... 


Cobri também a parte interna das gavetas com o mesmo o plástico cheio de legumes.



Na hora de colocar a prateleira, o que acontece? Eu acabo arrebentando o cano sanfonado da pia e fico um domingo inteiro sem poder lavar nada.  Para não encher a pia de louças, desanuviar a cabeça e amenizar minha queimadura de 2º grau no braço (sim, até isso aconteceu), aproveitei e levei Davi ao cinema.  Esse armário já estava me dando uma gastura daquelas.



Depois da prateleira instalada, cadê que as portas se juntavam? Pois que a bonitinha aqui comprou dobradiças erradas, tipo, joguei fora as dobradiças velhas sem dó nem piedade ao invés de guardá-las para fins de comparação na hora da compra.  Depois o marido comprou as corretas e aí as portas ficaram niveladas novamente.

E depois de ficar com as panelas espalhadas pelos cantos da casa por mais de 1 mês e tal eis que, finalmente, elas voltaram para seus devidos lugares e o armário ficou assim:





Acho que o plástico leguminoso vai me ajudar muito na hora da limpeza, porque a sujeira vai sair mais fácil.

Acho também que a próxima moradora deste apartamento irá me odiar por causa dele.

Acho também que estou precisando de um jogo novo de panelas.

E, por fim: baratas, GO HOME!


Craftices: Porta-retratos e porta-celular

O pai do Davi virou meu maior cúmplice nas garimpagens e um dia desses encontrou este saco transparente aguardando sua vez de ser recolhido pelo caminhão do lixo.  Olhou, pensou, olhou, pensou um pouco mais e viu que eu poderia gostar do que havia dentro.

E eu, claro, gostei.  E muito.

Molduras com espelhos inteiros! O que fazer com isso?  Porta retratos, claro!


Não havia grandes coisas para fazer nelas, pois que estavam em excelente "estado de conservação".  Apenas uma leve lixada e aplicação de umas boas demãos de tinta spray preta.  Para as molduras, cartolina dupla-face - a mais grossa que eu encontrei - , mas o ideal é o papel-cartão - que eu não encontrei.


Fiz cálculos extremamente complicados para definir as bordas e o centro das fotos (eu sou excelente em cálculos, só que nunca...)

E aí, aquilo que era lixo virou esses porta-retratos...





Nesse saco ainda havia 2 telas que irei reaproveitar, além de um porta-retratos mesmo, dos bem antigos, que terá seu devido tratamento craftício.

Uma outra ideia muito simples e aproveitei a ocasião para fazer também um "porta-celular" com um porta-controle remoto.  Lixei, passei P.V.A., pintei e passei contact.



Agora, os celulares têm um lugar só deles - assim espero (né, marido???).