Craftices: Quadro de Tecido e Porta Controle Remoto

Mais um quadro revestido com tecido, só que desta vez um pouquinho diferente.

Esse quadro aí não era assim quando foi comprado (e não foi por mim), lá em mil novecentos e bolinha.  Tentei até achar uma foto de antes do "antes" mas não consegui.  Nele havia uns girassóis e-n-o-r-m-e-s que parecia que iriam saltar dali e comer a gente.  Um dia eu me cansei de ser ameaçada de uma futura "girassolfagia" e passei um spray branco para cobrí-los.  Veja como são as coisas: eu nem ligava tanto para esses assuntos artesanais e ao invés de passar uma P.V.A. que seria bem melhor passei spray.  Enfim...

Peguei uns traços dos já falecidos girassóis esfomeados e fiz esse negócio aí, e até que ficou legalzinho.  O tempo passou, o tempo voou e de repente descobri que já não gostava mais desse arremedo de Romero Brito-depois-do-porre-de-cerveja-barata.  Eu queria me desfazer desse quadro, mas não queria me desfazer da estrutura, que é muito boa.  Resolvi, então, tirar toda a tela e começar do zero.  O desespero de me livrar daquilo era tão grande que nem me lembrei em tirar foto do quadro, que já estava bem deteriorado, pois na época da pintura eu sequer passei um verniz na tela e a tinta, com o tempo, foi secando e rachando.

Essa foto abaixo foi tudo o que eu registrei do momento em que estava fazendo os contornos com tinta preta.

Depois de ter testado com outro tecido, que ficou mais parecido com um chitão e não ornou, tentei com o tecido abaixo e acabei gostando do resultado.

ATUALIZADO!!! CONSEGUI ACHAR A FOTO DO PRIMEIRO TECIDO.

Esse aqui que não "ornou"

Esse quadro fica na parede de frente à mesa de jantar, que é também meu "cantinho craft", onde eu faço minhas coisinhas.  Quando o tempo permite, claro...

É a foto que ficou torta, não o quadro

O porta controle remoto que havia era igual a esse, só que já estava em  seus últimos suspiros de vida e acabei comprando um outro.  No embalo do porta-esmaltes, aproveitei e forrei também esse porta controle remoto, que ficou todo trabalhado na negritude com bolinhas brancas. 






Depois que tudo ficou pronto houve uma certa dificuldade em reencaixar as divisórias, porque o espaço ficou mais apertado por causa do pano, e aí a primeira divisória de baixo para cima  ficou só um pouquinho acima do nível.  Mas vamos sobreviver a isso...

Ops, uma mãozinha nervosa DETECTED!!!

E assim eu vou arrumando a minha casinha e fazendo coisas que eu sempre tive vontade mas não havia tempo nem interesse.  Hoje eu tenho muito mais interesse, porém, o tempo ainda falta, mas com algum esforço eu vou fazendo um cadinho aqui, outro acolá. 

Davi de molho em casa, com conjuntivite, again!  


Até Quando...

... os pais terão que enterrar seus filhos?


Santa Maria, Rio Grande do Sul. 27/01/2013


Craftices: Abajour de Garrafa de Licor

Se existe uma coisa que eu acho super estranha é luz branca nos ambientes que não sejam a cozinha e a área de serviço.  Até mesmo no banheiro eu acho estranho.  Parece que a casa está sem alma, sem calor.  Talvez por isso que eu goste tanto de luz indireta e... amarela, claro, porque a casa fica mais parecida com um ninho, um lugar onde eu me sinto abraçada e aquecida.  Uma iluminação indireta, seja com lâmpadas dicróicas ou com luminárias, deixa a casa com cara de LAR.

E aí que veio mais um abajour.  Porque um dia me deu uma coceira doida para fazer um abajour com garrafa de vidro depois que vi alguns pela internet afora.  E  eis que um dia  marido me aparece em casa com essas mocinhas aí, largadas num lixo qualquer da rua.  São garrafas de licor (eu encontrei suas primas depois, no mercado), mas estavam com um restinho de um óleo  muito cheiroso.



Primeiro passo: como furar o vidro sem quebrá-lo?  Com uma broca específica para isso.  Essa aí, que eu encontrei fácil na Leroy.  Tem também a broca diamantada, que pode ser encontrada na Internet .



Juntando o devido material: broca, óculos de proteção, fita crepe e furadeira.  A fita crepe serve para dar o ponto da primeira furada, a fim de que a broca não fique deslizando no vidro. Depois que aparece o primeiro buraquinho, pode-se tirar a fita.



O esquema que eu fiz, então, foi o seguinte: coloquei um pano na tábua do tanque para dar suporte à garrafa, abri um fio de água da torneira e na medida em que eu ia furando, eu colocava a garrafa embaixo do fio de água.  Três apertadas na furadeira e água na garrafa.  Isso serve para o vidro não rachar, pois essa broca aquece o vidro e, além disso, serve também para não formar uma poeirinha de vidro, o que é bem perigoso, não.


Fazer o furo nas garrafas - eu furei logo 3 - não durou nem 10 minutos, bem menos do que eu havia lido e previsto.  Depois dessa etapa, vem a instalação do material elétrico, que ficou a cargo do marido, claro.  Eu comprei um fio que é transparente para combinar com o vidro. 

Para o soquete não ficar muito solto, aproveitamos uma rolha e passamos o fio por dentro dela, que ficou só uma beiradinha de fora, para servir de base para o soquete. Usei cola universal, mas como não estava levando muita fé nela resolvi tascar a cola quente, mas foi uma questão de sentar e esperar mesmo, porque apesar da demora em secar, a cola universal pega de verdade.




Como o resultado da cola universal + cola quente acabou deixando a boca da garrafa meio melecada, aproveitei essas pedrinhas que havia comprado para colocar dentro da garrafa e as colei ao redor para fazer um acabamento e cobrir o pequeno estrago.


Tudo instalado e testado, vamos partir para a cúpula que, claro, não ficaria  imune a uma craftice.    Vou falar uma coisa: passar pano em cúpula de luminária não foi fácil, não, pelo menos para mim,  principalmente para cortar as beiradas.  Usei um tecido florido - eu acho que sou chegada numas flores...



E aí ficou assim...



Junto com as minhas Pretinhas...







Um detalhe que eu acabei aprendendo com a Celia Martins: sempre colar um pedaço de feltro embaixo dos objetos - principalmente vidros e louças - e móveis, a fim de protegê-los de quebra e do atrito com as superfícies.  Pode parecer óbvio, mas faz toda a diferença.  Então, com o feltro que sobrou da guirlanda de Natal, eu já colei também nas outras duas garrafas.

Eu gostei do resultado, me daria nota 9,1 mais por causa da cúpula do que da garrafa, que não ficou lá essa coisa toda, mas, no geral, eu gostei e ficou bem mimoso.   Como eu tomei gosto e ainda tem mais 2 garrafas furadas, então a sessão "abajour" em breve receberá mais um membro.

Tinha alguém observando tudo isso...





Sobre Babás, Uniformes e Preconceitos

Que a escravidão é uma página vergonhosa da história do Brasil muita gente já sabe.  Nosso país foi um dos últimos na América Latina a  libertar seus escravos e o fez da maneira mais mal feita possível, ao negar a essa gente um pedaço de terra e uma oportunidade de recomeçar de forma digna.  Na verdade, o que temos é um processo de libertação lento e gradual dos escravos negros e seus descententes, que se reflete, com algumas exceções, na sua ausência nos postos mais altos do país.  Somente no século XXI, por exemplo, é que o país passou a ter um negro na mais alta corte da Justiça - o Ministro Joaquim Barbosa, no STF.


Não estou aqui para fazer qualquer tipo de discurso ou estudo sócio-antropológico sobre o assunto escravidão e que tais por ser um tema muito vasto e que levaria algum tempo para pesquisas, coisa que eu não tenho.  Mas o que me moveu a escrever este post foi o bafón do momento, que é a proibição de acesso às babás não uniformizadas por parte de alguns clubes sociais - mais informações, aqui.

A maioria das pessoas, principalmente algumas ONG's - Educafro, por exemplo - alegam preconceito racial e social o fato de alguns clubes sociais impedirem o acesso a babás que não estejam devidamente uniformizadas. Na sua opinião, o uso do uniforme serve para estabelecer publicamente a divisão sócio econômica entre patroa e empregada.  Algumas babás, por sua vez, reclamam que sofrem preconceito por causa do uso E do não uso do uniforme.  Outras dizem que as crianças das quais cuidam sequer as chamam pelo nome;  usam apenas o termo "babá".  Surge também um movimento de repúdio ao uso do uniforme de babá.  E tudo foi parar no Ministério Público.

Semana passada, a OIT - Organização Internacional do Trabalho - classificou o Brasil como o país onde mais existem empregados domésticos (aqui). Assim como as empregadas domésticas, as babás  também  foram, por muito tempo, consideradas como mucamas de suas patroas, com poucos direitos e muitos deveres.  Com a mudança da estrutura familiar, em que as mulheres tiveram que sair de casa para trabalhar, ficou cada vez mais difícil encontrar uma "boa" empregada e principalmente uma "boa" babá.  Por conseguinte, essa mão de obra tomou nova roupagem, com cursos profissionalizantes e de especialização e até sindicatos.  Ser empregada doméstica ou babá nos dias de hoje não é mais um subemprego, é profissão.  Contratar a mão de obra desse profissional é para poucos, pois ela é cada vez mais valorizada, rara e cara.

Não vejo como preconceito racial ou social o uso de uniformes nas babás.  No caso do preconceito racial, o argumento não se justifica pois existem babás não negras.  No caso do aspecto social, nem toda a babá pertence a uma classe social menos favorecida, pelo contrário, hoje em dia existem babás graduadas e pós graduadas e que percebem um salário bastante elevado.   Se uma enfermeira, um médico, um guarda municipal, uma recepcionista, um motorista particular usam uniforme, qual o problema no uniforme da babá?  Pois no caso dos clubes privativos, a questão - pelo que eu entendi - é a proibição do acesso a babás SEM uniformes e não às babás em si!  Se fosse esse último o caso, aí sim eu creio que seria considerado preconceito.

Com uniforme ou não, a distinção entre a babá e a patroa acontece da mesma forma simplesmente porque ela é tão clara quanto a luz do sol!  Por outro lado, o uso do uniforme sinaliza que aquela pessoa é responsável por determinada criança e, portanto, não há possibilidade de ser confundida com outra pessoa qualquer.  Chega a ser até uma questão de segurança, pois quem se aproximar da criança sem uniforme certamente é alguém que não é responsável por ela.  Pode até ser amigo ou parente mas, como saber, já que a pessoa está "à paisana"?  Além disso, o uso do uniforme não deixa de ser uma forma de economia para a babá, já que ela não terá a necessidade de usar suas próprias roupas para trabalhar.

O problema, contudo, é a questão do tratamento pessoal entre patrões e babás.  Os ecos da escravidão ainda deixam rastros na maneira de muitas pessoas se relacionarem com seus empregados, de forma a tratá-los, ainda, como meros serviçais, o que reflete naquele caso da babá que reclama que a criança nem a chama pelo seu nome, apenas usa o termo "babá", talvez como forma de despersonalizar a profissional e de aplicar um tratamento impessoal que sirva para reforçar ainda mais a distinção sócio econômica entre patroa e babá.

Não acredito em preconceito de raça, visto que a miscigenação das raças formou uma nação de pessoas das mais variadas tonalidades de pele.  São poucos os brasileiros que podem dizer que são 100% "puros" em relação a alguma raça.  O que se tem, a meu ver, é preconceito de cor, pois alguém que tem pais negros e nasce mais claro pode ser mais socialmente aceitável do que aquele que tem a pele mais escura.  Por outro lado, ainda existe, sim, o preconceito social, em que a pessoa é tratada de acordo com o seu poder aquisitivo.  Mas essa não é uma prerrogativa do Brasil, pois se manifesta em praticamente todas as sociedades.

Na minha adolescência eu fui empregada doméstica e babá por algum tempo e trabalhava basicamente nos fins de semana - a chamada baby sitter.  Eu não usava uniforme e nem por isso deixei de ser tratada como apenas uma serviçal ou de receber olhares enviezados por causa da minha cor. Apesar de não usar uniforme, ainda assim eu tinha que usar o elevador de serviço, portanto, não é o uniforme em si que causa o tratamento diferenciado e sim a maneira como as pessoas percebem as outras.  Talvez o uniforme apenas reforce o preconceito, que já está incutido na pessoa.

Ainda bem que a vida nos dá oportunidade de nos tornarmos pessoas melhores para que nossos filhos também se tornem pessoas melhores.  Assim, podemos formar cidadãos respeitados e respeitadores, independente do que vestem e do quanto de valor monetário existe em sua carteira.  Aí, um uniforme e uma conta bancária serão apenas detalhes.  Não é preciso tratar a empregada ou a babá  "como-se-fosse-da-família", pois profissionalismo existe para todas as situações.  Mas respeitar as pessoas independente de cor, de sexo, de posição sócio econômica ou acadêmica é uma opção de valor de vida, nada mais.

Mãe x Pai



E não é que é isso mesmo?  Achei no Chongas

Respeito à Infância

Houve uma época em que os direitos e deveres dos filhos eram apenas obedecer aos mais velhos.  Nada de conversas, muito menos brincadeiras, apenas obediência.  Esse era o modelo geral porque, claro, havia as exceções e algumas pessoas, hoje idosas, lembram de sua infância e de seus pais com muita alegria e carinho.

Além da falta de carinho, não se dava a devida importância aos sentimentos e imaginação dos pequenos, pois muitos pais apenas repetiam o modelo que haviam vivido e aprendido e consideravam esse distanciamento o melhor caminho para a formação de um adulto íntegro. 

Mas sabemos que as coisas mudaram e hoje muitos pais entendem que a proximidade, o afeto e o respeito aos seus filhos são ingredientes fundamentais para a formação de um adulto saudável.  Mais uma vez há as exceções, quando os limites não são devidamente estabelecidos e a falta de respeito impera por todos os lados.

Uma das coisas que quase não se davam - e ainda não se dão - a devida consideração e respeito é à imaginação da criança.  Porque se existe uma coisa que marca profundamente uma criança é quando não respeitam seu universo lúdico e a tratam como se adulto fosse.  Não é somente aquela leve decepção em descobrir que o Papai Noel é, na verdade, o tio ou o pai, ou que o coelhinho da páscoa não existe, mas a falta de consideração e respeito para com um personagem imaginário ou um brinquedo, de forma que não se dê o tamanho da importância que tem para aquela criança.  Desde que, claro, isso não seja algo que comece a influenciar negativamente a convivência dels com a família e amigos.

Isso posto, gostaria de compartilhar a história de Luka Apps, um menino britânico de  7 anos que, ao perder um de seus briquedos-personagem da marca LEGO, escreveu uma cartinha para a empresa relatando sua história e recebeu uma resposta à altura do respeito à sua imaginação e infância. 

Eis a cartinha de Luka :

“Olá,

Meu nome é Luka Apps e eu tenho sete anos de idade.

Meu pai acabou de me levar ao Sainsbury’s [uma grande rede britânica de lojas] e me disse para deixar os bonecos em casa, mas eu os levei mesmo assim e perdi o Jay ZX na loja, quando ele caiu do meu casaco.

Estou muito chateado por ter perdido ele. Papai disse para eu enviar um e-mail para ver se vocês podem me mandar outro.

Eu prometo que não vou levá-lo para a loja de novo.

Luka”


Eis a resposta fantástica do funcionário da LEGO:

“Luka, eu disse ao Sensei Wu que perder o seu boneco Jay foi somente um acidente e que você nunca, nunca vai deixar que isso aconteça de novo.

Ele pediu para que eu lhe dissesse: “Luka, seu pai parece um homem muito sábio. Você deve sempre proteger seus bonecos Ninjago como os dragões protegem as Armas de Spinjitzu!”.

Sensei Wu também me disse que eu posso lhe enviar um novo Jay e que eu posso incluir alguns itens extras, porque qualquer um que guarda o dinheiro que ganhou de Natal para comprar o conjunto Ninjago Ultra Sonic Raider deve ser um grande fã da linha Ninjago.

Então, espero que você se divirta com seu boneco Jay e todas as suas armas. Você, na verdade, terá o único boneco Jay que combina três Jays diferentes em um só! Eu também vou lhe enviar um cara mau com quem ele possa lutar.

Mas lembre-se do que Sensei Wu disse: mantenha seus bonecos protegidos como as Armas de Spinjitzu! E, é claro, sempre ouça o seu pai”.

Eu não faço - ainda - a menor ideia de quem sejam  Jay ZX ou  Sensei Wu, muito menos conheço  as Armas de Spinjitzu mas o funcionário sabia e muito. Não foi sensacional?  Eu quase cheguei às lágrimas, tamanha foi a sensibilidade desse funcionário em entender  e respeitar o drama do menino.  É o que chamamos de empatia, quando nos colocamos no lugar do outro para sentirmos o que o outro está sentindo.  Infelizmente, empatia é para poucos e muitas vezes esse ingrediente é um dos que mais faltam na infância.

Em relação à LEGO, temos que considerar, porém, que seu posicionamento é uma questão de cultura.  Aqui no Brasil, onde o "jeitinho" e a ixperteza é o que imperam, penso que esse caso não seria resolvido nem dessa forma nem de outra, muito por causa do medo de golpes de malandros que só querem se dar bem às custas do prejuízo alheio. 

Por outro lado, note-se também que a "desobediência" de Luka para com o pai não foi resolvida à base da violência física ou verbal, já que a perda do brinquedo pode ser considerada a própria punição - pelo menos é o que se dá para entender do contexto.  Talvez se o episódio ocorresse em outros tempos, em outra geração, ou em muitos lugares hoje em dia mesmo, Luka seria severamente punido e essa história teria contornos bem desagradáveis.





Leia mais aqui e aqui.

Craftices: Porta Esmaltes

Eu sei que não é nada de absolutamente novo, mas fiquei deveras admirada quando descobri um..."fenômeno" internético e blogueirético chamado Blogagem Coletiva de Esmaltes.  Se ainda existe alguém nesta internet de meu Deus que não saiba (como eu não sabia), a Blogagem Coletiva de Esmaltes, como o próprio nome diz, é a postagem de várias blogueiras com suas unhas maravilhosamente cuticuladas e pintadas com uma cor ou tema específico.  É de se maravilhar a quantidade de unhas e combinações de esmaltes que existem mundo afora e creio que participar de uma blogagem coletiva com essa requer um pouquinho de tempo para pesquisar cores e temas, além de ter que apresentar unhas impecáveis.

A gente sabe que os dias mais concorridos nos salões de beleza são exatamente as sextas-feiras e sábados, quando a maioria das mulheres fazem seus tratamentos estéticos a fim de ficarem lindas e loiras para o fim de semana e prontas para qualquer evento que esteja ou não programado para esses dias e até para o fim da semana seguinte, em que irão novamente correr aos salões de beleza para prepararem unhas, cabelos e pele.

A gente sabe também que serviços como esses não são tão baratos assim.  Encontrar um bom cabeleireiro e manicure requer pesquisa de mercado e uma boa dica nunca é indispensável.  O que não faltam por aí são curiosos que se passam por profissionais, que muitas vezes acabam causando danos irreparáveis com cortes irregulares, químicas fajutas e cuticulagens sem o menor cuidado higiênico.  

Ir no salão de beleza 1 vez por semana, portanto, não é para qualquer pessoa, muito menos para mim, e por causa disso o tempo me ensinou a me virar sozinha nos 30.  Não chego a fazer química em casa, pelo contrário, porque depois que perdi muito cabelo com alguns tais curiosos, encontrei profissionais competentes para esse serviço - porque cabelo é caso seríssimo.  Em casa, além da escova e da prancha, também "faço-eu-mesma" as  minhas unhas, principalmente as dos pés, que requerem um cuidado e atenção maiores, o que muitas vezes não encontramos nos salões de beleza, em que as manicures enrolam e embromam e não tiram toda a cutícula, o que acaba encravando as unhas. 

Às vezes é cansativo, até porque eu faço unha e cabelo não na sexta ou no sábado, mas no domingo, já lá no fim do dia, pois meus fins de semana são bem atarefados, mas, claro, se pintar um evento eu não vou deixar de ficar linda e loira e em determinados casos tenho que ir ao salão de beleza.  É claro que uma escova e uma prancha feitas num salão de beleza ficam muito boas, porém, o "meu serviço" também não é tão ruim assim, dá para o gasto.

Eu faço as minhas unhas desde muito jovem e durante muitos anos eu só as pintava com cores bem leves e claras.  Na verdade, por pura imaturidade, eu morria de vergonha de pintar minhas unhas com um tom mais forte.  Até que um dia, a perua despertou em mim e hoje é exatamente o contrário, na maior parte do tempo eu pinto as unhas com esmaltes escuros.  Tenho até me aventurado em cores diferentes, como o azul, mas como cor de esmalte tem a ver com tom de pele, então muitas das novidades por aí não me agradam, principalmente esmaltes com glitter, que são para retirar das unhas.

E esse blá-blá-blá todo é simplesmente para mostrar o porta-esmaltes que fiz no último fim de semana.  Eu já estava com esse projetinho na minha cabeça, mas seria para mais adiante, até que o marido me disse que havia encontrado uma loja que vendia produtos em MDF num determinado local que estava próximo do lugar onde fazemos a feira do sábado.  Não deu outra: passei na tal loja e encontrei esse porta-esmaltes.  

De princípio eu o achei até pequeno, porém, eu pensei que esse tamanho seria ideal para as minhas necessidades e também para refrear minha febre em comprar esmaltes todas as vezes em que vou a uma farmácia ou a qualquer lugar que venda esmaltes.  Já cheguei até a comprar um esmalte que eu achei incrível, fantástico, maravilhoso e, ao chegar em casa, já havia outro igual e inteirinho.

E ficou assim...





 A outra caixa onde eu colocava os apetrechos para as unhas era tão vergonhosa que nem tive coragem de fotografar e colocar aqui.  Essa aí eu pintei direto no MDF - nem cobri com base acrílica e isso faz uma enorme diferença.  Depois colei esse tecido mega fofo, que combinou com a tinta que eu já tinha, mesmo que eu tenha achado que ficou meio menininha.  Tentei colocar tecido na alça, mas além do trabalho que me deu não ficou legal e eu acabei tirando e deixando só na tinta mesmo.

Ao fazer a transferência  dos esmaltes acabei também fazendo uma pequena faxina e encontrei uns 8 vidros de esmaltes que já estavam com a validade vencida e que também eu não usava há um bom tempo.  Sim, porque quem gosta de sair comprando esmaltes vai enchendo sua caixa e deixando outros para trás.  Com o tempo eles acabam desvalidando mas ficam lá, ocupando espaço sem serventia alguma. 

E aproveitando o ensejo, resolvi participar de uma blogagem coletiva de uma blogueira só: eu mesma-euzinha.

Para esta blogagem usei o Chanel 345, com base da M.A.C. Wonderful Baselift Nailbeauty e cobertura Love 4 Ever, da Helena Rubinstein.

Essa é só para mostrar que as 2 mãos foram feitas...


Mentira.

Isso aí e um Colorama cor Mascavo.  Ponto.

As Coisas Passam...

Não é novidade para ninguém, pelo menos para quem lê esse blog com certa frequência (alguém?), que eu sou meio neura da silva.   Vira e mexe lá estou eu implicando com alguma coisa no Davi, seja uma manchinha ou uma febre ou uma tosse.  Como eu já sou naturalmente meio neura e somado o fato de ter passado pelas experiências que já passei desde a gravidez e seu nascimento, então, as neuras ficam  ainda mais incrementadas.

A tensão do exames de ultrassonografia durante a gravidez deram lugar às consultas pediátricas mensais.  Drª Andréia é uma baita médica, detalhista no úrtimo e talvez por causa dessa sua característica eu, que já sou assustada, ficava mais assustada ainda.  Nada passa despercebido ao seu olhar e se ela achar que alguma coisa está fora dos conformes, é investigação na certa, ou seja, manda logo fazer exames e consultas.  Houve alguns sustos bem cavernosos, que não me sinto à vontade para contar, e que foram devidamente investigados e que, ao final, não passaram de apenas suposições.  Como já falei por aqui, Drª Andréia, ao pedir tal ou qual exame, indica o melhor local e profissional a ser procurado.  Foi assim com a Drª Fátima, da Baby Cor, foi assim com o Dr. Martinelli  na Prontobaby.  Sendo assim, acabamos por formar um círculo de profissionais que se conhecem e que trocam experiências e impressões a respeito da mesma criança.  E eu acho isso ótimo.

Nos 2 primeiros anos de vida, não houve uma só consulta em que não tivéssemos saído sem uma recomendação médica ou clínica, até porque, essa primeira fase da vida da criança é recheada de doencinhas típicas que requerem uma maior atenção.  No caso do Davi, as vacinações no CRIE do Hospital Jesus, o acompanhamento cardíaco na Baby Cor e o tratamento da hipospadia na Prontobaby foram os compromissos que mais tomaram as nossas atenções. Contudo, a cada consulta, exame e cirurgia, testemunhamos sua superação e às vezes nem nos damos conta do quanto já percorremos para chegar ao ponto em que chegamos.

Esta semana fomos à primeira consulta pediátrica do ano, já que a peridicidade agora é de a cada 6 meses.  E depois de mais uma vez virar e desvirar o Davi para todos os lados, Drª Andréia receituou um sabonete e um creme hidratante, já que a pele do guri está seca.  Só.  Davi está pesando 14,200 kg e  "para nooooossa alegria" está com 98 cm de altura.  Pelos seus cálculos, Drª Andréia estima que ele deva medir em torno de 1,80 cm quando chegar à idade adulta, o que me deixa mais tranquila em relação à sua altura, já que essa era a minha implicância do momento.

Um sabonete e um creme hidratante.  E pensar que eu já saí de lá aos prantos, achando que Davi sempre tinha alguma coisa a mais para ser analisada e que alguma coisa estava sempre errada consigo.  Mas em momento algum eu pensei em trocar de profissional porque, apesar do trabalho que dá, ficamos tranquilos por fazermos toda e qualquer investigação que se mostre necessária.   Acho melhor assim, pois não vai ser por falta de exames que iremos sofrer.  

Tenho uma enorme gratidão pela pediatra do Davi, que já me assustou bastante mas que eu sei que tudo foi e é para o bem dele e nosso também e percebo que as algumas coisas que nos fizeram quase perder os cabelos começam a passar. 

Continuaremos com as dilatações do canal da uretra, porém, essa também será outra etapa que irá passar. mas que outras virão, até porque a vida é assim, porém, que possamos aprender que todas elas vêm... e vão.

Mas fico pensando:  e agora, qual será a minha próxima neura???? Aff...


Rio, 49 Graus!

Então que o mundo não acabou, heim!  Pois no dia marcado para a chegada do fim, o que acabou de vez foi minha tranquilidade em relação à temperatura, pois o fatídico verão chegou exatamente no dia 21, trazendo temperaturas acima da média para o período.  Eu sofri.  E quase chorei.

Mas, por incrível que pareça, eu consegui descansar um pouco.  Fim de ano é meio complicado sair para viajar - a menos que a sua programação seja realmente passar Natal e Ano Novo em outra cidade.  Tudo-ao-mesmo-tempo-agora, aproveitei um saldo de férias que estava pendente para fazer uma festinha para Davi, no último dia de funcionamento da creche, novamente, e para paparicá-lo bastante.  Nunca-antes-na-história-da-minha-vida eu ouvi tanto alguém chamando "mãe, mãe, mãe".   Uma vez que o pai também estava em casa, então o guri ficou feito pinto no lixo de tanta satisfação e alegria.

No sábado, dia do seu aniversário mesmo, levamos Davi para lanchar e brincar num shopping center, pois o calor não nos permitia fazer muita coisa ao ar livre.  Aliás, assim foi na maioria desses dias, ou seja, saímos pouco de casa, já que a temperatura bateu os 45 graus na aldeia de Campinho e, por conseguinte, a sensação térmica foi de 47 que, acrescentada à minha temperatura que já é elevada em pelo menos 2 graus, então a sensação foi mesmo de 49 graus!  E, sim, essa temperatura não é coisa minha, em Copacabana e no bairro do Maracanã, os termômetros atingiram esse nível de calor infernal.  Mas tem gente que gosta, vai entender...

Para aliviar, enchemos a piscina inflável e até mesmo nos rendemos a ela por um momento para aliviar o calorão.  Para Davi, foi o céu na terra, pois não somente se refrescou como também curtiu os pais ao máximo.  E sem creche, já que eles também estiveram de recesso no mesmo período.

Nada de praia, claro, porque além de eu detestar o calor - e isso eu repito sempre - as praias estavam, por óbvio, entupidas de gente.  Férias escolares e de trabalho, além de turistas do próprio país e estrangeiros que chegaram principalmente para o Réveillon, todos juntos e misturados embaixo de um sol esturricante e mau, muito mau.

Aproveitei para fazer algumas coisinhas crafts, afinal, consegui distribuir o tempo de forma a atender às necessidades da casa e do guri.  Em breve serão postadas as flores de tecido que, f-i-n-a-l-m-e-n-t-e, consegui fazer, além do abajour - mais um - feito de garrafa de licor encontrada no lixo.

No mais, como é bom ficar em casa!  Apesar do calor, como é bom poder acordar sem grandes compromissos com horários e transportes.  Poder ir ao mercado ou à rua resolver pequenos probleminhas, dar um tapa no visual da casa, curtir o filho ao máximo e ver que ele, a cada dia, se desenvolve de forma até espantosa, pois Davi anda numa tagarelice só, com o típico sotaque carioquês, cheio de erres e xis e copia absolutamente t-u-d-o o que fazemos.  Big Brother total.

Não tenho projetos faraônicos para 2013 pois a vida tem me ensinado que algumas  coisas até podemos planejar, mas, como diz a Bíblia, a palavra final vem do Senhor.  Portanto, que neste ano que se inicia possamos nos realizar nas pequenas coisas, pois é nelas que reside a felicidade.


Não, a varanda não é tão grande assim, mas dá para tomar um banhinho de laje básico.