Vida Maria

Conheci este vídeo em um evento do trabalho e desde então o assisti diversas vezes.  Com várias premiações, ele narra a história aparentemente simples de Maria proporciona uma série de reflexões a respeito das nossas expectativas e atitudes diante da realidade que a vida nos impõe, realidade essa que infelizmente, ainda nos dias de hoje, é vivida por milhares de pessoas em nosso país.

Como pessoas informadas e contectadas, creio que é nosso dever nos esforçarmos para quebrar esse ciclo viciante, a fim de proporcionarmos aos nossos filhos condições melhores do que recebemos em nossas infâncias.

Espero que gostem.


Vida Maria from Vianems on Vimeo.

Craftices: Cômoda com Cereja de Bolo e...mais um Abajour!


Quando consegui vender o berço (caro) do Davi, via Internet, fui fuçar um criado mudo para colocar ao lado da minha cama e acabei encontrando essa "cômoda de madeira maciça".  Contatei a vendedora e solicitei "caradepaumente" um desconto, e ela acabou me saindo por R$ 80,00.  Isso já tem uns 3 meses.



De acordo com as medidas informadas no anúncio, a cômoda iria caber perfeitamente ao lado da minha cama, quer dizer, somente no único lado onde há espaço para colocar algum móvel, já que meu quarto é quadrado e a outra parede é tomada praticamente pela porta de vidro que dá acesso à varanda.  Porém, ao chegar no local, constatei que ela era bem maior do que o anunciado e que não caberia no espaço que eu tinha.  Mesmo assim, ao constatar o bom estado em que ela se encontrava, não duvidei e a levei para casa.  Ela não coube no quarto, mas ficou ótima na sala.

Encarar essa cômoda na munheca pura e simples era pouquíssimo provável, então, tive que me render e comprar uma lixadeira, um sonho de consumo que há muito tempo embalava as minhas noites. A partir de então, coloquei todo o meu coração nela a fim de reformá-la da melhor maneira possível, atentando aos detalhes e sem afobação.  Levei uns 3 fins de semana para terminá-la, não fosse um pequeno acidente que fez com que uma boa parte de trás descascasse e eu tivesse que lixar o tampo novamente.  Coisas da vida...



Depois que terminei todo o tampo, uma pequena lasca puxou toda a folha de madeira que o cobria.  Resolvi retirar tudo, até porque, como o móvel já é bem idoso, a madeira estava seca e quebradiça.  Essa folha de madeira fazia toda a diferença, porque quando eu fui pintar o tampo, a tinta não igualava e a pintura ficou com várias falhas.  Ao final, decidi, então, colocar um pedaço de vidro, não somente para proteger o tampo mas também para dar um melhor acabamento.


Depois que retirei todo o verniz ela ficou com esse aspecto de móvel de demolição.  Eu e marido achamos que assim havia ficado muito bonito também, porém, resolvi ir adiante e tascar um vermelhão, mas eu queria um tom mais escuro e então pinguei umas gotas de corante preto para fechar mais a cor.  Utilizei a tinta esmalte à base de água.  Passei 2 generosas demãos nela toda.  Antes, claro, passei o fundo preparador - a tinta P.V.A., para igualar a tinta.




Comecei de baixo para cima e para a pintura do interior eu usei primeiro a tinta spray por causa da praticidade, mas depois passei uma demão bem generosa também com a tinta esmalte.  Antes de virá-la para pintar o tampo, que ficou por último, colei pedaços de feltro nos pezinhos, para que ela deslizasse fácil, não arranhasse e não incomodasse meu vizinho.



Aqui, já no momento em que o tampo e a tinta me pregaram uma peça e eu tive que repintar uma boa parte da cômoda.


Eu só iria pintar a frente das gavetas, mas aí me empolguei e pintei dos lados e nos fundos.  A ideia era colar papel de presente na parte interna, mas o que eu havia comprado era fino demais e não iria ficar lisinho.  Me lembrei, então, da chita que eu usei para cobrir o tampo do primeiro baú de palha. Para finalizar os cantinhos, colei sianinha com cola quente. 


A cereja do bolo

Como ela veio com 2 puxadores quebrados - eles eram de madeira - resolvi trocá-los por outros, mas eu queria algo diferente, que não a deixasse com aquele ar de cômoda clássica - porque isso ela já tem -, mas que fosse algo mais despojado e aí, quem entrou em ação?


Vero Kraemer!!!

Sim, os puxadores são dela, que os fez com o maior carinho e cuidado.  Mandei algumas fotos do processo de pintura e nem me preocupei muito com o que ela iria fazer, porque eu tinha plena certeza de que o resultado seria absurdo de ótimo.

E aí ela me manda não somente os lindos puxadores, mas uma velinha e um bilhete tão carinhoso.  Aí, eu, durona e machona.... chorei!  Olha isso...


Para arrematar, fiz novamente-mais-um abajour, dessa vez com um garrafão de vinho que eu já tinha há muito tempo (não, não é sobra de Natal).  Cobri a cúpula com esse tecido estampado azul-garrafão e fiz o acabamento com grelots azul-garrafão também.  Achei que ficou tudo tão bonito...



E aí, a cômoda ficou assim:











Eu gostei muito deste trabalho, mas eu acho que a cereja desse bolo são os puxadores da Vero. Eles fizeram toda a diferença no móvel. E não somente isso, trabalhar com ela é muito bom, porque a Vero abraça o projeto também e esse é que é o seu diferencial.  Seria muito fácil e impessoal se ela somente mostrasse um portfolio e ficasse encastelada no seu atelier aguardando encomendas.  Mas o bom é isso: quando a gente encontra quem adota também o nosso trabalho e se joga junto.

Aí eu viciei nesse negócio de catar móvel antigo, bom e barato e já comprei outros 2 que em breve irei postar.  Um deles foi, enfim, o criado mudo que coube certinho ao lado da minha cama e que irá receber seu tratamento de beleza.  O outro estava tão bom, mas tão bom que a única coisa que eu fiz foi passar um verniz por dentro dele e nada mais.

Tudo isso e muito mais no Globo Repórter, não, nos próximos capítulos.

Quero deixar aqui, mais uma vez, meus agradecimentos pelo trabalho e principalmente pelo carinho da Vero.  Eu enfatizei "principalmente o carinho" porque não faltam profissionais excelentes por aí, mas nem todos são tão educados, gentis e carinhos e que ficam mimando a gente, não é mesmo?  A Vero é assim.

Beijos, sua linda!

Blitz, Documento!


Uma das coisas que estavam nos meus planos e que eu consegui (Aleluia!) fazer foi a Carteira de Identidade do Davi.  No último sábado de 2013, fomos à unidade do Rio Poupa Tempo, na Central do Brasil, para darmos entrada no processo de elaboração do seu RG.  Foi tudo muito rápido e simples, talvez também porque no fim do ano muita gente não esteja lá muito preocupada em fazer sua documentação e sim, se preparar para as festas da virada.

Me lembro da vez em que eu mesma fui à uma Delegacia de Polícia para fazer a minha Identidade, eu já tinha 18 anos, já era macaca velha.  Sim, eu sou do tempo em que a Carteira de Identidade era feita pelo Instituto Felix Pacheco, que  por ser subordinado à Secretaria de Segurança Pública do Estado, emitia os documentos de identificação em delegacias.  Me lembro perfeitamente da hora de "tocar piano", onde tínhamos que imprimir as 10 digitais nos quadradinhos de um pedaço de papel.  Me lembro mais nitidamente ainda da sala de azulejos brancos que mais parecia um refeitório e que tinha uma pia comprida onde se lavavam as mãos sujas da tinta preta usada para "tocar piano".  Me lembro também do sufoco para tirar aquela tinta maligna dos dedos.  Depois de alguns vários anos, decidi trocar a foto e tirei a 2ª via, agora já emitida pelo DETRAN.

O tempo passou e "tocar piano" naquela tinta horrorosa é coisa antiga, porque agora não há necessidade de se emporcalhar todo para colher as digitais, o que é feito eletronicamente.  Só a digital do dedo polegar que ainda recebe a tinta - mais simpática, agora -, a fim de ser utilizada na Carteira de Identidade de quem (ainda) não escreve ou assina seu nome.  Davi se comportou direitinho, fez até uma cara bonita para a foto, assim como na hora de "tocar piano" eletronicamente. 

Apesar do feriado de Ano Novo, a Carteira de Identidade ficou pronta bem rápido, em torno de uns 5 dias úteis.  Quando consultei o andamento no processo pelo site do Detran/RJ já fui toda esbaforida buscar. 

A 1ª via da Carteira de Identidade é gratuita para todo o cidadão brasileiro, independente da idade.  Porém, se for menor de idade, ela tem validade até os 18 anos, mas pode-se tirar uma 2ª via - que já é paga - caso se queira trocar a foto.  Achei importante que Davi já tivesse seu RG, pois além de ser seu documento oficial  - além da Certidão de Nascimento, claro - é fácil de se portar e bastante útil em qualquer situação.  E como ele já tem C.P.F. eu achei melhor que essa informação também constasse no documento.

Diferentemente dos meus tempos, hoje em dia várias crianças já têm sua Carteira de Identidade - no dia em que fui buscar a do Davi havia muitas crianças no Poupa Tempo, de várias idades.   E se você se interessou, vá no Poupa Tempo - caso haja esse serviço na sua cidade, ou, então, ao DETRAN, que é o órgão emitente.  Os documentos solicitados são esses aqui.  Enfim, um serviço realmente de utilidade pública.

Davi ficou muito contente com seu RG, mas eu fiquei uma arara mordida com o "Impossibilitado de Assinar", pois ele fez seu nome direitinho... só que fora do espaço, ué!


2014, Use-o

Sim, eu fui mal educada em não deixar uma mensagem, por mais clichê que fosse, para você, que por aqui passa, desejando um Feliz Natal e um excelente Ano Novo.

Sim, eu tive alguns problemas pessoais que quase estragaram minha noite natalina e, não, não foi o estado de saúde do Davi, que ficou com conjuntivite e garganta inflamada mas que, graças a Deus, está com a corda toda e ligado nos 220 volts.

Mas como Deus é bom e sempre envia alguma bênção em forma de amigo(a), então todos sobreviveram, inclusive eu de mim mesma, e decidi que tenho que domar meu poder de autodestruição, já que tenho que preservar a minha família.

Mas como ainda estamos no comecinho do ano - até porque ele só começa MESMO só daqui a uns 15 dias, uma vez que o Carnaval será lá em Março - então eu quero te desejar um 2014 da melhor maneira que VOCÊ puder fazer.

Sim, geralmente ficamos no aguardo de que alguma coisa boa aconteça, seja ganhar o prêmio da mega sena de virada - o que não seria nada mal - ou algo realmente extraordinário.   Esperamos sempre também por alguém que resolva os nossos problemas e salve os nossos sonhos.

Mas eu tenho aprendido, muitas vezes a duras penas, que quem faz a minha felicidade sou eu mesma e que ela está nos detalhes: no abraço do meu filho, no companheirismo do meu marido, nas palavras de um(a) amigo(a), mesmo que nem o(a) conheça pessoalmente.  Às vezes essa felicidade está numa receita culinária que aprendemos e acertamos, num livro que lemos ou num filme que assistimos, mesmo num descanso da tarde ou num encontro com amigos para rir e lembrar de coisas ridículas.  

Amigos, sempre eles, os verdadeiros, são os que nos salvam.

Nada de reflexões profundas, apenas o aprendizado de valorizar quem nos valoriza - o que não significa desvalorizar quem assim o faz conosco, apenas dispensar o valor que temos com quem merece a nossa valorização, a começar pela nossa família, por menor que seja, como a minha, por exemplo.

Que você USE 2014.  Sim, use cada dia deste ano e dos próximos que eu te desejo viver, de todas as formas possíveis, desde que sejam boas e te tragam as pequenas felicidades.

Apesar do calorão de 47 graus!

Feliz 2014!