Hipospadia



Não sei se eu já esperava ou não esperava que o tratamento da hipospádia do Davi iria ter tantos e tantos desdobramentos, fases, etapas, idas e vindas. Na última quarta-feira ele foi submetido a mais uma intervenção cirúrgica, desta vez, para abrir um pouco mais o buraquinho por onde sai o xixi, já que o canal da uretra está realmente bom, porém, a saída do xixi está apertada.  Anestesias, cortes, pontos, pomadinhas. 

Eu perguntei para o Dr. Flávio, anestesista, se era comum esse vai e vem de cirurgias de hipospadia.  Ele disse que não muito, mas a hipospadia do Davi (como eu já falei por aqui também) era bem "braba".  Isso eu já sabia desde a primeira consulta com o Dr. Martinelli, que repetiu essa mesma frase umas outras vezes.  Mas a distância entre o que a gente sabe e o que a gente vive nunca é calculável, muito menos previsível.

Correu tudo muito bem, como das outras vezes e Davi está ótimo.  Ainda sentindo um pouco de dor para urinar, já que está com um corte e um ponto, mas seu xixi está saindo forte e normal, como deveria ser desde sempre.

Como eu também já falei por aqui, eu não fico nem um pouco nervosa dentro do centro cirúrgico, mas o que me aflinge é quando Davi começa a sair da anestesia e começa a chorar e a bater com os braços.  E depois também, quando já está consciente mas fica com medo de fazer xixi porque sabe que vai doer.  Impotência é o mínimo que eu sinto, já que nessas situações eu não posso fazer absolutamente nada por ele.

Existem hipospadias leves, severas e outras muitíssimo severas e o grau delas se dá basicamente de acordo com o tamanho do canal da uretra (quanto menor, pior, claro).  A do Davi era severa e requereu umas 5 ou 6 intervenções cirúrgicas, sem falar nas dilatações mensais que foram mais de 10.  Não sei se é ou foi assim com outra criança, mas que é cansativo, é.  Mas acho que é cansativo porque a gente sabe que um dia isso termina, porque se fosse algo que tivesse de acontecer pelo resto da vida a gente teria que se conformar e adaptar à rotina do dia a dia.

"Meu xixi está lindo" é a frase que Davi diz - até porque eu o incentivei, para não ficar com medo de urinar.  E aí, é até numa coisa corriqueira como urinar que a gente vê o quanto não dá valor para essas coisas corriqueiras e se importa mais com outras que consideramos grandes e importantes.  No caso do Davi é o ato de urinar, mas na vida de tantas outras pessoas é respirar sem aparelhos, ficar de pé, voltar a ver, se alimentar normalmente, correr, dormir, enfim, utilizar o corpo da maneira como ele foi ou deveria ter sido feito.

Não vou dizer que o processo acabou, porque ele terminou várias vezes e teve que recomeçar, mas espero que durante algum tempo Davi não apresente nenhuma necessidade de voltar a ser submetido a algum tipo de intervenção cirúrgica, por menor que seja, por conta da sua hipospadia.  Ou por conta de qualquer outra coisa também, claro.

Espero também que esses relatos sirvam para quem venha a ter filhos com hipospadia.  Que saiba que às vezes o processo demora mais do que a gente espera, mas que as coisas vão se resolvendo com o passar do tempo.  Acho que o importante de tudo isso é iniciar esse processo o quanto antes, assim que receber o diagnóstico.  Esperar apenas o tempo necessário, mas não postergar seu início porque quanto mais cedo, melhor para todos, principalmente para a criança.

No mais, como é bom ver Davi urinando sem fazer força.  Como é bom ouvir seu jato de xixi saindo forte!


Jamiroquai - Virtual Insanity


Jamiroquai - Virtual Insanity from Nugroho Christiaji on Vimeo.
Meu primeiro contato com o Jamiroquai foi com este vídeo. Depois, foi amor eterno. Espero que goste.


 Oh yeah, what we're living in? Let me tell ya

It's a wonder that man can eat at all 
When things are big that should be small 
Who can tell what magic spells 
We'll be doing for us? 

And I'm giving all my love to this world 
Only to be told 
I can't see, I can't breathe 
No more will we be

And nothing's going to change the way we live 
'Cause we can always take but never give 
And now that things are changing for the worse 

See, Wha, it's a crazy world we're living in 
 And I just can't see that half of us immersed in sin 
Is all we have to give this 

Futures made of virtual insanity 
Now always seem to be governed by this love we have 
For useless, twisting, all our new technology 
Oh, now there is no sound, for we all live underground 

And I'm thinking what a mess we're in 
Hard to know where to begin 
If I could slip the sickly ties 
That earthly man has made 

And now every mother can choose the color 
Of her child that's not natures way 
 Well that's what they said yesterday 
There's nothing left to do but pray 
I think it's time I found a new religion 


Waoh, it's so insane 
To synthesize another strain 
There's something in this future's that we have to be told 

Futures made of virtual insanity 
Now always seem to be governed by this love we have 
For useless, twisting, all our new technology 
Oh, now there is no sound, for we all live underground 

Now there is no sound 
If we all live underground 
And now it's virtual insanity 
Forget your virtual reality 
Oh, there's nothing so bad [Incomprehensible] 
I know yeah [Incomprehensible] 

I know what can go on 
Of this virtual insanity, we're livin' in 
Has got to change, yeah 
Things, will never be the same 
And I can't go on while we're livin' in 

Oh, oh virtual insanity 
Oh, this world, has got to change 
'Cause I just, 
I just can't keep 
Going on, it was virtual Virtual insanity that we're livin' in 
That we're livin' in 
That virtual insanity is what it is 

Future's made of virtual insanity 
Now always seem to be governed by this love we have 
For useless, twisting, all our new technology 
Oh, now there is no sound, for we all live underground 

Future's made of the virtual insanity 
Now we always seem to be governed by our love 
For these useless, twisting of our new technology 
Now there is no sound, for we all live underground, yes we do 

Living in virtual Insanity 
Living in virtual Insanity
Living in virtual Insanity 
Living in virtual Insanity Virtual insanity is what we're living in 

Songwriters Buchanan, Wallis / Katz, Simon / Zender, Stuart / Kay, Jason / Smith, Toby / Mckenzie, Derrick

2ª Fase da Vacinação da Poliomielite 2013 e Multivacinação


Atualização de vacinas para menores de 5 anos será de 24 a 30 de agosto

Pais de crianças menores de 5 anos deverão comparecer a postos de saúde, entre 24 e 30 de agosto, munidos com as cadernetas de vacinação.

Neste período, o governo fará a atualização das doses em atraso das 11 vacinas que constam do calendário público de imunizações: BCG (tuberculose), hepatite B, penta (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Haemophilus influenza tipo B), polio (forma inativada e oral), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e DTP (difteria, tétano e coqueluche).

O dia de mobilização nacional será no dia 24. O público-alvo da campanha é de 14,4 milhões de crianças.

Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, reforça a importância de a família levar o cartão de vacinação de cada criança. "Quem não tem a caderneta leva a criança, a criança é mais importante que a caderneta", brincou o secretário, durante coletiva hoje.

Em Estados do Norte e do Nordeste e em municípios de outras regiões prioritários para o Brasil Sem Miséria, o governo oferecerá às crianças maiores de seis meses e menores de 5 anos uma dose de vitamina A.

A campanha para a atualização das vacinas é uma estratégia nova. Até 2011, no mês de agosto tradicionalmente ocorria a segunda campanha de vacinação contra a polio. Como o Brasil mudou, em 2012, o esquema vacinal para a polio (incluindo a vacina injetável), passou a utilizar o mês de agosto para realizar a atualização das cadernetas.

Barbosa reforçou a importância de manter o calendário vacinal em dia, principalmente frente aos eventos esportivos de 2014, que provocarão grandes deslocamentos de pessoas para o país.

Atraso na catapora

A previsão do governo era começar a oferecer a vacina contra a catapora (dentro da vacina tetraviral) já na campanha multivacinal. Segundo Barbosa, no entanto, um problema com o laboratório internacional atrasou a entrega. A vacina será ofertada, então, a partir de 1º de setembro nos postos de saúde, fora da campanha de atualização.

A vacina contra a catapora será ofertada a crianças em duas doses, aos 12 meses e aos 4 anos de idade. A primeira dose do esquema continuará sendo com a tríplice viral, ofertada na campanha multivacinal.

Fonte

Notícias Daqui e Dali e a Hora do Sono

Esta semana levamos Davi à consulta semestral com a pediatra.  Apesar da minha continuada cisma com a  sua altura, tudo está na mais perfeita ordem.  Altura e peso estão dentro da normalidade e, mais uma vez, foi apenas indicada a continuidade de uso de hidratante, já que sua pele está bastante seca ainda.

As coisas comigo são assim: se houver algum trauma, por mais que seja superado, ele vai me deixar algum resquício.  Digo isso porque até hoje as consultas pediátricas ainda me assustam, pois no tempo em que elas eram mensais - o que significa primeiro ano de vida do Davi - havia sempre alguma coisinha para esquentar a minha cabeça.  Um dos problemas que mais me marcaram foi a questão do peso dele, já que houve grandes oscilações (o gráfico da caderneta de vacinação chega a parecer uma cardiografia, de tanto sobe e desce).  Então, acredito que daqui a seis meses irei ficar um pouco em pânico por causa da próxima consulta.

Davi tem evoluído muito bem e se expressa cada vez melhor e claramente.  Na próxima semana iremos levá-lo, mais-uma-vez-novamente-de-novo and again, para uma cirurgia breve, pois como eu já comentei anteriormente, seu jato de xixi voltou a ficar fino e esta interverção será para abrir um pouquinho mais a cabeça do seu piu-piu, pois o estreitamento está exatamente lá.  É desesperador ver Davi fazer xixi, pois a força que ele imprime é bem grande, como se ele estivesse com prisão de ventre. Ainda tem também a curvatura, que teremos que esperar para ver como ficará daqui a uns 3 anos mais ou menos.

E nessas idas e vindas, já se passaram uns 3 anos.  Parece pouco, porém, sendo um tratamento, parece uma eternidade. E parece que tudo foi outro dia.  Muitas vezes eu me vejo me perdendo em datas e situações.  Não sei se é bloqueio da minha cabeça, mas alguns episódios se misturam, não em si, mas no tempo.  Alguns, claro, ficaram bem vívidos, como a madrugada que terminou na UTI pediátrica da Prontobaby, com Davi com pneumonia, atelectasia e bronquiolite.  Mas aí eu começo a me embaralhar toda quando me lembro das vezes em que tive que entrar no centro cirúrgico.  Com exceção das 2 primeiras cirurgias, as outras me confundem um pouco e aí às vezes eu não sei qual veio antes de qual. 

Não sei se isso é um mecanismo mental para não me deixar doida, o certo é que determinados detalhes se embolam na minha cabeça.  Sei e tento me convencer de que não se trata de negligência ou falta de atenção da minha parte, talvez porque, ao final de cada episódio, o que eu sempre quero é ter o Davi inteiro e bem.  Tem horas, sim, que me dá vontade de chorar muito, principalmente quando ele faz xixi.  Me dá um desesepro e aquela clássica culpa pelo fato de ele ter nascido com hipospadia.  

Mas tudo poderia ser pior, bem pior, e é aí que eu olho para Deus e agradeço porque Ele me deu a carga que eu posso suportar.  Pelo menos até agora, porque a gente só descobre a força que tem quando está dentro do problema.

O que tenho a dizer é: ser mãe é assustador.  Mas é uma bênção e uma satisfação sem tamanho.






Quando o Papa Francisco nos brindou com um feriadão, resolvemos levar Davi, pela primeira vez, ao cinema.  O filme em questão seria "Meu Malvado Favorito 2".  Não, não assisti ao primeiro filme, então, não sabia do que se tratava, mas li o resumo e vi que era "livre" e achei que seria adequado para a sua idade.  Os primeiros dias do feriado foram regados a muito frio e chuva, e o sol resolveu aparecer apenas no último dia, uma segunda-feira, tirando todo mundo da toca (carioca detesta frio e chuva) e levando multidões aos shoppings e cinemas.

Chegamos no shopping e a fila para a sessão das 16h00, que seria a ideal, estava imensa.  Enquanto aguardávamos a vez de comprar os bilhetes... Davi dormiu. Voltamos para a casa e fim.

No fim de semana passado levamos Davi ao Anima Mundi, o festival de animação que aconteceu aqui no Rio de Janeiro e que já foi para São Paulo.  Abre parêntese: apesar de saber muito bem da importância do eixo Rio x São Paulo em termos de projeção nacional e questões econômicas e sociais, não entendo porque um festival como esse (e tantos outros) não contempla os demais Estados da Federação. Será que os patrocinadores, organizadores e que tais desconsideram que existem muito mais pessoas interessadas em cinema e animação FORA da Ponte Aérea?  Para mim isso é, no mínimo, um tremendo absurdo. Fecha parêntese.

Enfim, como eu não entendi direito a programação, já que constavam vários filmes infantis no Cine Odeon em vários horários, chegamos quase na hora em que eu achava que iria começar o filme que eu achei que iria começar.  Era o penúltimo dia do festival, o tempo estava virando e acabamos descobrindo que a única sessão adequada para a idade do Davi era a das 12h00, um horário bem estranho, não somente porque o festival aconteceu em 2 lugares distintos - Cine Odeon e Fundição Progresso, ambos no Centro -, o que significava várias salas disponíveis, como também... que horário esquisito, logo no meio do dia!!!  Enfim, partimos, então, para a Fundição Progresso, que fica de frente para os Arcos da Lapa.



As distâncias entre os lugares são bem curtas, então, fomos a pé, quer dizer, Davi estava com o pé doendo um pouco por causa de uma leve lesão que teve no dia anterior, na escola.  Então, um pouquinho de dor somado com uma montanha de dengo deixaram o guri mancando um pouco e abusando um muito da boa e santa vontade do pai.  Foi no colo.




Assim como no episódio do shopping, acima, eu geralmente subestimo algumas coisas, achando que é só chegar um pouco antes do horário, comprar a entrada e tudo está certo.  Não.  Chegamos na Fundição Progresso um pouco antes das 14h00 e havia uma sessão 30 minutos depois que era própria para o Davi, mas que já estava esgotada. Hum... então vamos ver quais são as outras alternativas até a hora da próxima sessão, às 16h00:  as oficinas. Uma sala de massinhas.  Entrada a partir dos 8 anos.  Sala de areia.  Entrada a partir dos 8 anos.  Sala de desenho para fazer um filminho.  Entrada a partir dos 8 anos. Então, o que restou? Ah, sim, a sala 2, onde havia a projeção de alguns curtas infantis que eram adequados à idade do Davi, porém....estava com a entrada esgotada.



Mas haveria a próxima sessão na sala 2.  Teríamos, porém, que entrar na fila de distribuição das senhas - já que a entrada era di grátis - que começaria em torno das 14h30  para a sessão de 15h30.  Acabamos decidindo, então, a assistir a um filme - acho que era o último para a idade do Davi - que iria começar às 16h00.  Nesse meio tempo, entramos numa sala onde estavam projetando curtas beeem curtos, sem limite de idades (se bem que, depois do curta que assistimos, começou um outro que eu não achei adequado para o Davi).

Aproveitamos, então, os momentos que antecederam o início da sessão que iríamos assisistir para dar uma olhada em volta da Fundição Progresso.  A minha máquina está, a cada dia, pedindo para se aposentar, então, as fotos não estão boas e, além disso, é aquele negócio: tirar fotos do/com o Davi é osso!

Chegou, então, o grande momento em que Davi iria debutar a 7ª Arte.  O filme em questão se chamava Zambézia, a história de uma águia adolescente que sai do seu ninho e vai conhecer a cidade que dá o nome ao filme, e que é conhecida como a cidade dos pássaros.

Silêncio. Celulares desligados, olhos bem abertos, ar condicionado bem frio.  Eis que começa o filme.  Tela grande, som stéreo.

Após vinte minutos de filme... Davi dormiu.



Fim.