Sobre Crianças, Tecnologias e Consumismo

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O texto e grande... sorry.

Vou confessar uma coisa que às vezes tenho até vergonha de dizer: eu nunca, nunquinha joguei videogame.  Nada, nem o tal do "come-come".  Não é questão de ser do tempo em que a TV era movida à válvula, mas é que realmente os jogos eletrônicos nunca me atraíram.  Também não me lembro de ter tido oportunidade de ser apresentada a algum, já que na minha adolescência eu passava boa parte do dia fora de casa, entre trabalho e estudos, e o tempo que restava era bem pouco. Creio que minhas condições financeiras também cooperaram para que os videogames ficassem sempre à margem das minhas possibilidades.  Também sou meio analfabeta digital e reconheço que muitos dos recursos tecnológicos existentes ainda sejam novidades para mim, o que faz com que qualquer criança hoje em dia tenha competência digital o suficiente para me ensinar sobre i-pads, i-pods, i-phones e outros "ais" que venham a existir, além dos diversos tipos de jogos eletrônicos, claro.

Acho que sou meio metódica ou, talvez, ultrapassada em algumas coisas.  Tenho a mesma linha telefônica desde que comprei o meu celular, há uns 15 anos.  Por mais que tente, não consigo ler e-books, tenho que imprimí-los.  E ainda gosto de comprar CD's e DVD's.  E livros, daqueles feitos de capa dura de papelão e papel, brochura, essas coisas, sabe.  Em casa existem 3 TV's: 1 de 29" e 1 em cada quarto, de 20".  Das antigas, quer dizer, ainda não são de LED, com full HD e widescreen, 3D, Progressive Scan,  Blue Ray, Internet conectada com a Nasa.  Como eu tenho outras prioridades, ainda não foram trocadas e ainda funcionam muito bem.  Há também 1 Lap-top e 1 máquina fotográfica digital - não chega a ser uma Tecpix, mas atende. 

Talvez por causa dessa precariedade de recursos digitais, Davi ainda não saiba, sequer, usar o controle remoto para ligar a TV, ou colocar o DVD para tocar ou, ainda, usar o celular.  Nos últimos dias tenho até deixado que ele manipule um pouco a máquina digital, a fim de se familiarizar com alguma coisa desse tipo.  Ainda não havia me dado conta desse analfabetismo digital do meu filho.  Primeiro porque ele ainda está na fase da "mão destruidora", pois sua curiosidade faz com que ele fuce as coisas ao ponto de quebrá-las.  Depois, porque eu acho que como sou bem desligada nesses recursos tecnológicos eu acabo não passando essa curiosidade para ele.  Talvez alguém me diga: Luciana, você não sabe o que está perdendo.  Mas... será que não?

Como eu falei brevemente aqui, nos seus três anos de vida Davi não foi estimulado a fazer nada além daquilo que eu considero que esteja dentro da sua idade.  Sendo uma típica criança de "cidade grande" e morador de apartamento, ele passa o dia inteiro entre creche e casa, com poucas horas ao ar livre. Sempre que posso, tento oferecê-lo alguma atividade fora das quatro paredes da casa, para correr, de preferência descalço, pegar frutas no pomar, tentar andar de bicicleta ou ir atrás de uma bola ou empinar uma pipa em alguma pracinha próxima e cheia de poeira.  Ainda assim, há dias em que ele passa um bom tempo em frente à TV, o que às vezes me enche de sentimento de culpa e de incompetência.

As tecnologias estão aí, muitas para facilitar as nossas vidas, pois alguém imagina como conseguimos sobreviver sem o telefone celular, que pode ser adquirido em qualquer stand na esquina mais próxima?  Sim, pois houve um tempo em que só existia telefone fixo, e mesmo assim, era para poucos.  Computadores, então, eram basicamente para empresas.  Poucas empresas, claro.

E não demorou muito para que essa tecnologia também adentrasse às salas de aula.  Há, inclusive, algumas instituições em que o uso do caderno, livro e canetas e lápis já foram abolidos, assim como o quadro negro.  Alunos portando avançados tablets e lap tops com a última palavra em recursos digitais recebem aulas de professores que, no lugar do bucólico giz de cera, orquestram suas narrativas com a luz vermelha do laser-point, apontando para um grande telão que projeta cálculos, teoremas e definições elaboradas no Power Point.

Davi tem aulas de informática na escola, mas nada que ainda se reflita em casa, pelo menos nenhuma habilidade que eu tenha reparado quando ele está na frente do lap top.  Talvez o que ele tenha seja apenas uma leve introdução ao mundo digital, mas nada que tenha trazido algum impacto mais relevante no seu comportamento doméstico.  Talvez seja por causa do meu analfabetismo digital, juntamente com o fato de que eu priorize outras coisas que não sejam equipamentos de última geração, então, o guri, até hoje, como falei, não sabe usar, sequer, o controle remoto.

Não significa que eu não queira uma TV de LED widescreen, com full  HD, 3D, Progressive Scan,  Blue Ray, Internet conectada com a Nasa, de 68 polegadas ou que eu não venha a adquirir um "ai"-qualquer-coisa, não é esse o caso.  Eu quero, sim, mas não tenho, agora, necessidade.  Não sou diferente de ninguém que queira surfar na última palavra em recursos digitais, mas também não fico na dependência ou na necessidade de T-E-R só porque ... existe.   Ou porque o vizinho tem.  Ou porque o coleguinha da creche do Davi também tem.


A matéria de O Globo fala sobre crianças que, aos 6 meses de idade, já estão sendo apresentadas ao tablet.  Pergunto: para que?  Serão mais eficientes ou mais inteligentes do que outras?  Ou apenas terão sua necessidade transformada em fome consumista?  Por outro lado, já imagino o brilho no olhar dos pais que dizem que seu bebê, que às vezes nem dentes colocou ainda, já sabe lidar com informática.  Uau!  Vejo também o sorriso largo dos donos de creches e escolas que, para atrair um público cada vez mais ávido por novidades, oferece serviços sofisticados como esse. A eles poderíamos dizer que são os que riem por último e  melhor.  E bem alto.

É sabido por muitos que o excesso de tecnologia e principalmente a influência da TV e dos games  têm sido um dos  grandes males da infância desta geração.  Pois tudo o que é excesso por óbvio não é saudável, porém, ainda assim há quem se deixe levar pelo canto da sereia e expõe suas crianças à última palavra em videgames e outros recursos digitais e tecnológicos.

Não tenho a menor pretensão de criar Davi longe dessa realidade, afinal, eu sou bastante lúcida para saber e reconhecer que ele faz parte dessa geração que nunca saberá o que é viver sem um aparelho celular, muito menos um computador. É bem provável  também que eu nunca irei acompanhá-lo em algum jogo eletrônico, pois eu sequer sei usar um joystick.  O que eu acho que ainda posso fazer é retardar um pouco a sua iniciação ao consumismo tecnológico e digital, já que ele terá toda a sua vida para escolher os mais avançados aplicativos e equipamentos de última geração, desde uma TV de 173 polegadas até um "ai"-qualquer-coisa 958.


Os joguinhos virão, a tecnologia vai ficar cada vez mais refinada e avançada, mas nada disso pode substituir a vivência e experiência pessoal, do contato físico e real.  Do pé no chão, sabe.  O que vemos por aí são crianças crescendo dentro de uma bolha virtual, que não conseguem sequer se comunicar com outras crianças, nem com os próprios pais, pois passam grande parte de seu tempo teclando seus aparelhinhos sofisticados descontroladamente, na troca de mensagens vazias que alcançam milhões de outras pessoas, mas que não acrescentam nada a ninguém, nem a elas. 


Às vezes eu confundo a minha vergonha em não saber jogar um videogame com o fato de Davi sequer saber ligar um controle remoto.  Mas aí eu paro e penso que esse não pode ser meu objetivo maior e sim, que ele tem que viver a infância dele com a maior intensidade possível, pois ela passa muito rápido e não há momento da vida mais marcante do que esse.  E para eternizar isso, até uma câmera fotográfica de filme preto e branco resolve, não é?



Craftices: Baú de Palha

Há muitos e muitos anos, numa galáxia muito, muito distante, eu comprei esse baú de palha para colocar nem me lembro o quê.  O que sei é que ele estava lá com essa cara de pamonha, guardando algumas tralhas de tempos idos.  Esse baú ficava num cantinho ao lado do guarda-roupa e era foco de um constante mafuá.  Minhas brigas com ele eram inglórias, afinal,  o pai do Davi  "certas pessoas" insistiam em jogar naquele canto blusas, shorts, camisas, bermudas e o que mais houvesse.  Sim, eu também colocava algumas coisas em cima dele, mas alguém tem que ser o vilão dessa história, não é?








Como os brinquedos do Davi estavam dominando praticamente todo o território da sala, resolvi repaginar o baú a fim de comportar as tranqueiras do moleque, de forma também que ele harmonizasse com o ambiente.  Não queria algo que indicasse que havia brinquedos ali dentro, portanto, não escolhi nada infantil, pelo contrário, a minha ideia é que ele sirva futuramente para algum outro fim, mesmo que seja como assento (hahaha, até parece que ele irá viver vazio um dia...).

Antes de pintá-lo, o marido retirou a tampa e passou uma lixa básica, a fim de remover o verniz que ainda existia (maridos são ótimos lixadores, sabe...).  Depois de perceber que 1 lata de tinta spray vermelha não seria suficiente para cobrir as partes interna e externa, aproveitei que eu ainda tinha um pouco de tinta spray branca e comecei a pintar a parte interna, do baú e da tampa.  Na parte externa, usei toda a lata do spray vermelho, que acabou passando um pouco para a parte interna, mas aí, Inês já era morta e fui adiante.  Retirei aquele tecido medonho de cor-de-burro-quando-foge que cobria a tampa junto com um pedaço de plástico grosso igualmente horroroso, aproveitei que havia uma espuma bem fininha por baixo e cobri com uma chita "linda de viver" (r.i.p. Hebe!).  Depois passei cola diluída com um pouquinho de água, para fixar e não desfiar o tecido.  O marido trocou as dobradiças, que acabaram se quebrando pois eram de latão e foram "pregadas" e colocou outras novas, dessa vez com parafusos, e reinstalou a tampa.

O resultado foi esse:








Ó, eu gostei, gostei muito e muito.  Ficou bem alegre, com cara de "Gabriela, Cravo e Canela", uma coisa "linda de viver".  Como a sala ainda está meio bagunçada, ele fica, por ora, em frente à porta de acesso à varanda.  Existe um outro baú, também de palha e maior do que esse, então a ideia é, também, reformá-lo para alocar outros brinquedos do guri e tentar, eu disse,  t-e-n-t-a-r colocar um mínimo de ordem nessa birosca.


Ah, sim, minha fonte de inspiração foi o blog da Marilza, o Minha Casa + Colorida, cujo link está também aí ao lado.  Ela entende tudo de cor e suas artes são simplesmente lindas, cheias de vida e alegria.  Não tem como não se apaixonar pelas artices dela.  Dê uma olhada e você vai cair de amores.



O horário de verão terminou. Que Deus seja louvado. Amém!

Carnaval é tempo de....

... viajar, dançar, sambar, descansar e.... craftar!

Primeiramente, quero desculpar-me pela minha falta de educação em não desejar, a quem por aqui passa, um excelente feriado de carnaval, sambando ou não.  

Pedido feito, carnaval, para mim, é tempo de... descansar!  Sim, porque como eu vivo na correria, aproveito esse feriadão para curtir casa & família.  Nessa ocasião, viro uma espécie de "mulher das cavernas" porque deixo cabelo e unhas de lado e tento não me atolar nas tarefas domésticas e sem compromissos com horários, deixo a vida me levar.  Como é bom!

Carnaval no Rio de Janeiro significa "bloco carnavalesco", pois para qualquer lugar que se vá haverá um bloco de carnaval. Até o fim da década de 1990 o carnaval nesta cidade restringia-se aos desfiles das escolas de samba no Sambódromo.  Fora dali, os blocos tradicionais na orla - Banda de Ipanema - ou no centro - Cordão da Bola Preta - eram os mais animados e cheios.  De resto, a população fugia para outras cidades em busca de praia e carnaval, coisa que eu não entendia, já que isso também tem por aqui.  Com a "ressurreição" dos blocos carnavalescos, muita gente agora escolhe ficar na cidade e sair nos 5.987.918 blocos de rua que existem ultimamente.  Haja disposição para enfrentar uma multidão de gente e sob o sol inclemente, porém, os blocos são muito democráticos, não se paga nada e todos brincam à vontade, do neto ao avô.   Por incrível que pareça, o carnaval por aqui é super tranquilo, sem grandes atos de violência que são comuns quando há aglomeração de gente.  Mas eu estou fora, claro, porque tumulto e calor não são meus amigos.

Ficar em casa para mim é o suficiente para me fazer feliz.  Aproveitei para, milagrosamente, levar Davi na praia, naquele meu esquema de sempre: só vou se o calor permitir e, ainda assim, depois da metade da tarde, e assim foi feito, porque no geral a temperatura estava - e ainda está - bastante alta, me forçando a um exílio doméstico, pelo menos na boa parte do dia.

Claro que com algum tempinho sobrando não deixaria realizar algumas craftices que estão na minha  "to do list", não é?  Então, digo que esse foi o carnaval mais crafteiro de toda a minha vida ever, já que (quase) concluí 3 projetos que serão postados em breve.

Por ora, fica o registro do meu farofeiro predileto.  Davi agora ama ir à praia mas ainda reluta em se molhar.  Na verdade, acho que ele não é muito chegado à agua, sabe....




A Ameaça

Eu não tenho o hábito de falar palavrões, nunca tive.  Não porque eu seja uma menina boazinha, mas sempre fui muito comportada, mais para agradar e ser aceita do que para mostrar minha educação.  Além disso, sou da época em que a criança que falasse um palavrão ou levava um tapa ou sofria com uma pimenta na boca. Isso não significa que de vez em quando eu não solte alguma "pérola", porém, no geral, eu não tenho mesmo esse hábito.

Na hora da ira eu solto uma coisa ou outra e em pensamento alguns vêm com muita força mas, no geral, não sou o que se costuma chamar de boca suja. Mas quando, num momento de cabeça quente eu falei "cacete" e Davi repetiu "catete", aí mesmo é que eu comecei a me policiar, porque senão o negócio ia ficar muito feio.

Acho feio usar palavrões para se comunicar, mesmo que a única expressão para um momento seja um "belo" palavrão que se encaixa perfeitamente nele e que expressa o sentimento na situação.   Trabalhei  com um rapaz que em 10 palavras que soltava, 11 eram palavrões, que saíam com tanta naturalidade que com o tempo me incomodavam menos.  E se eu acho feio gente adulta falando palavrão, quando ouço uma criança usando termos chulos eu tenho vontade de enfiar minha cabeça num buraco e morrer.

Uma pesquisa de 2010 mostrou que as crianças de hoje em dia falam muito mais palavrões do que as de outras épocas e a razão principal é a influência de seus pais boca suja.  E nos tempos atuais, não adianta mais aquela máxima que dizia "faça o que eu mando mas não faça o que eu faço", pois esse modelo autoritário mudou para um mais flexível, onde o diálogo vem em primeiro lugar.  Hoje, a criança continua a ser observadora de seu meio mas tem  muito mais liberdade para expressar seus sentimentos e percepções.  Acredito que sejam poucos os casos em que crianças que soltam um palavrão levam um tapa ou têm que mastigar uma pimenta como forma de limpar sua boca suja.

Às vezes o movimento não é de dentro para fora de casa e sim o contrário.  Quando um filho chega em casa e faz ou fala alguma coisa que a gente sabe que não foi em casa que ela aprendeu e sim com os coleguinhas, o sangue gela e temos que conversar e corrigir imediatamente.  Como Davi e seus coleguinhas de escola ainda são bem pequenos, percebo a ausência do uso de palavrões em sua fala, graças a Deus.  Se acaso aconteça, creio que seja mais uma questão de repetição do que de noção do que se está falando, já que ele, por óbvio,  não tem muita ideia daquilo que repete. Porém, nesse momento "esponja" em que ele se encontra, tudo é absorvido e fica guardadinho lá na memória, sendo formatado para um uso no futuro.

Quase todos os dias em que chega da creche, Davi reclama que levou um tapa ou um empurrão de algum coleguinha, e sabendo que ele não é nenhum santinho pergunto o que ele fez e ele responde: eu bati também.  Até aí, não vejo nada de anormal, já que crianças que convivem diariamente umas com as outras se estapeiam e voltam a brincar como se nada tivesse acontecido.  Não sou o tipo de mãe que fica na porta da creche preparada para fazer um "barraco" todas as vezes que meu filho reclama de algum coleguinha.  Além de ter mais o que fazer, eu dou liberdade para que a escola o discipline dentro daquilo que eu acho que é certo e justo.   Portanto, por mais neura que eu seja, eu encaro esse tipo de comportamento como o mais natural possível, a menos que um dia Davi chegue em casa com algum machucado sério causado por uma briga feia, coisa que ainda está um pouco fora da sua idade e da idade de seus coleguinhas.  Um dia, porém, ao chegar em casa, Davi me solta a seguinte "pérola":

- O Fulaninho me bateu. (Até aí, normal, já que ele também bate e depois todo mundo se ama no final).


- Eu vou MATAR o Fulaninho!
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- Oi?

Claro, não chegou a ser um palavrão, mas o uso do termo "matar" realmente me assutou um pouco (um pouco?).  Como minha cabeça começou a inchar e mesmo sabendo que isso nada mais era do que a repetição de alguma coisa que alguma criança falou - ou que Davi tenha ouvido em algum lugar, como um programa de TV, por exemplo- , não deixei de ir falar com a responsável pela creche, que me disse que, sim, isso é natural para a idade, pois as crianças repetem o que ouvem e etc, etc, etc, etc....


Ok, porém a expressão "vou matar" está, por ora, devidamente bloqueada em casa, porque não quero que Davi fique repetindo uma coisa que ele não sabe o real significado, mas que, para mim, é quase como um palavrão.  Claro também que não vou bater na boquinha dele, muito menos colocá-lo para mastigar pimenta, não somente porque eu sou neura mas não sou louca, mas também porque, como já coloquei, ele não tem a menor noção do que significa a expressão "vou matar".


Eu sei que vai chegar um momento em que eu não poderei evitar que ele aprenda ou fale algum palavrão, já que ele convive com crianças que refletem os mais diversos comportamentos familiares.  Não tenho a ilusão de achar que, assim como eu, Davi não será um boca suja.  Obviamente que irei me esforçar a ensiná-lo que usar palavrões não é a maneira mais educada e gentil para se comunicar, mas sei que ele não ficará imune a isso e a tantas outras (más) influências. 

Alguém pode até dizer que falar palavrão, diante de tantos outros valores, não é tão nocivo assim.  Eu não concordo, pois considero que a nossa linguagem é reflexo da educação que recebemos.  Não é uma questão de "falar bonito", mas sim de gentileza e de.... educação mesmo!  As palavras  e até mesmo os palavrões usados dentro de um determinado contexto carregam signifcados próprios, porém, na maioria das situações as expressões chulas são totalmente dispensáveis.

Por enquanto, o que me resta é tentar demover Davi da ideia de aniquilar seu amiguinho, um dos melhores que ele tem na escola (na verdade, é um trio: Davi e mais 2 malandrinhos que tocam fogo na creche).  Não precisam se beijar e abraçar o dia inteiro, podem até se estapear, o que acontece de fato todos os dias.   Mas sem derramamento de sangue, por favor!