Integridade é...

Compartilho com vocês o texto da blogueira pernambucana Téta Barbosa, que foi publicado no O Globo nessa semana com o título "Marchando para o Jardim da Infância".

* * * * * * * * * * * * 

Já passou o 7 de Setembro, mas o povo continua marchando. Virou moda! Teve a marcha para legalizar a maconha, a marcha contra a violência, a da liberdade, a favor das rádios comunitárias e agora, como não poderia faltar num país como o nosso, a marcha contra a corrupção!


Acho bonito essa liberdade de expressão.

Acho, inclusive, que as marchas são o ponto alto da democracia.

Mas, confesso que a marcha contra a corrupção me dá bem pouca esperança de que as coisas mudem no país.

Isso porque, a honestidade é coisa que vem de berço.

Da família, da educação e dos valores.

O cara que aceita propina numa licitação é o mesmo cara que roubava o lanche do coleguinha no recreio. O mesmo que joga lixo pela janela do carro e o mesmo que estaciona na vaga de deficiente!

Se o pirraia foi pego filando (colando, em pernambuquês) na prova de matemática na terceira série e seu pai, no lugar de deixar o menino de castigo uma semana sem playstation, ficou orgulhoso, ele vai ser corrupto. Seja ele político ou não.

Porque corrupção, minha gente, não está só na política!

Temos o costume histórico de xingar os políticos, mas não nos revoltamos quando o vizinho do oitavo andar deixa seu cachorro (cuja criação no prédio não é permitida), utilizar o elevador social (duplamente errado) e aproveitar para fazer um xixizinho ali mesmo (triplamente não autorizado).

As pessoas desrespeitam regras, ignoram leis, furam filas, driblam o Imposto de Renda, e tem coragem de marchar contra corrupção?

Talvez tenha sido justamente por isso, que só 400 pessoas compareceram a tal marcha. Das mais de três milhões que moram da Região Metropolitana do Recife, só 400 fizeram a lição de casa! Porque, né, ou se é o honesto ou não.

Pense numa coisa que não tem meio termo: é a honestidade.

Não dá pra ser 75% honesto.

As coisas mais importantes da vida (em sociedade, pelo menos) a gente aprendeu no jardim de infância. Se lá, quando eles (nosso queridos representantes do povo) não entenderam que:

- Não se deve bater no amiguinho
- Não se deve pegar o que não é seu
- Se fizer bagunça tem que arrumar
- Se pegar emprestado TEM que devolver
- Se ofender alguém DEVE pedir desculpas
- Lavar as mãos antes de comer,
não vai ser agora que a gente, marchando ou não, vai conseguir enfiar isso na cabecinha oca dos nossos políticos ladrões.

E você, frequentou o jardim de infância?

Porque se frequentou, eu sugiro que façamos uma marcha pela HONESTIDADE.

Dentro e fora de Brasília!



Concordo com muita coisa que a blogueira escreveu, porém, acho meio radical dizer que "O cara que aceita propina numa licitação é o mesmo cara que roubava o lanche do coleguinha no recreio."  Só se esse cara não foi disciplinado a tempo e corretamente! Nem sempre é assim, senão, todos os que tiveram bom comportamento não teriam se tornado ladrões ou corruptos. Não posso afirmar que a criança que teve seu lanchinho roubado tenha se tornado um adulto acima do bem e do mal.


Outra parte que também não concordo no texto é:   

As pessoas desrespeitam regras, ignoram leis, furam filas, driblam o Imposto de Renda, e tem coragem de marchar contra corrupção?

Talvez tenha sido justamente por isso, que só 400 pessoas compareceram a tal marcha. Das mais de três milhões que moram da Região Metropolitana do Recife, só 400 fizeram a lição de casa! Porque, né, ou se é o honesto ou não.

Pense numa coisa que não tem meio termo: é a honestidade.

Não dá pra ser 75% honesto.

 Não participei - ainda - de alguma dessas marchas contra a corrupção, pelo simples fato de não ter tido oportunidade (tipo, tempo, por exemplo). Mas isso não me faz ser ou ter 75% de honestidade nas minhas veias!  E, vamos falar sério, tem muito cara de pau por aí que está, sim, participando dessas marchas, porque acha que não é desonesto. Quer um exemplo? Quem abre um pacote de biscoitos no mercado e, após consumí-lo joga o pacote num canto e diz que "já está pago" se considera desonesto? Não. Pelo contrário, acha até que está praticando uma espécie de "justiça social", porque justifica seu ato a partir do comportamento reprovável de alguma autoridade.  É aquele tipo de pessoa que pensa: se "eles" fazem, por que eu não vou fazer?

Como eu já havia comentado aqui, as crianças copiam tudo que vêem em nós, pois somos espelho e nosso comportamento se reflete por toda a vida deles. A cena do biscoito tem sido constante nos mercados por aí,  então, se isso acontece às claras, num lugar público e apinhado de gente, o que a criança acha que pode fazer às escondidas? Como diz a frase da imagem acima, integridade (e honestidade) é fazer a coisa certa quando ninguém está olhando. 


Eu já me preocupo com isso, e olha que o Davi não tem nem 2 anos de idade. Por que? Você acha que ainda é cedo? Eu, não!

Mas sem neura, tá, porque o que há em nós emerge naturalmente, apesar de que nosso bom comportamento não é garantia de que tudo vai sair como planejamos. O que nos resta é esperar que nosso exemplo, aplicado, funcione.

É o preço de ter filhos, né...

Comentários
5 Comentários

5 comentários:

  1. Anônimo10/20/2011

    gosti do texto, e das ressalvas de Lu

    Vivi

    ResponderExcluir
  2. Ah, essas marchas não servem pra nada... eu acho :/ e não provam nada sobre ninguém.
    Quantas coisas nossos filhos fazem de errado e a gente se questiona "onde errei?" e no campo da fé então, quem não acredita que um comportamento pode mudar no meio do caminho, vai acreditar no que?

    beijo

    ResponderExcluir
  3. "...quem não acredita que um comportamento pode mudar no meio do caminho, vai acreditar no que?"

    Você está coberta, recheada e flambada de razão!

    :n

    Bjs.

    ResponderExcluir
  4. kkkkkkkkkkk me deu vontade de me comer! Não aceita isso não, hein! :P

    ResponderExcluir

Obrigada por seu comentário!