Índios e Craftices

Algumas datas históricas geralmente tendem a cair no nosso esquecimento na medida em que nos tornamos adultos.  A gente até se lembra, ou porque viu que está escrito no calendário ou porque alguém comentou - talvez porque também tenha visto no calendário - porque, em termos gerais, esses dias passam despercebidos.  

O Dia do Índio, por exemplo, eu creio que passa batido na memória da maioria das pessoas.  Mas quem tem filho em escola acaba lembrando exatamente por causa disso, quando vê sua criança chegar com alguma pintura no rosto ou um cocar, porque se não for assim, é mais um dia como outro qualquer, até porque não é feriado.

A história das Américas não pode ser contada sem se lembrar da figura do índio, que foi o primeiro habitante dessas terras, e a gente sabe o quanto esse povo sofreu por causa das colonizações americana, portuguesa e espanhola.  E a cultura indígena está presente em quase todos os países americanos, mais fortes em alguns, como México e Bolívia, ou mais distantes, como Argentina ou EUA.  

Algumas etnias deixaram legados históricos que impressionam até hoje pela sua complexidade arquitetônica ou matemática, como é o caso dos Maias e Astecas.  No caso do índio brasileiro, bem, acho que deixaram mesmo foram alguns costumes, como as lendas e as comidas.  E se você tem uma rede para descansar em sua varanda ou gosta de saborear uma crocante tapioca, isso é a presença indígena nos nossos costumes.

Apesar de o Dia do Índio ter sido lá na última quinta-feira eu queria muito ter levado o Davi no Museu do Índio no domingo, onde havia uma série de atividades e apresentações, mas o tempo chuvoso nos trancou em casa.  Aproveitei, então, para fazer uma... hum.... homenagem aos povos indígenas, e mudei a pintura de uns vasinhos muxibinhas de lá de casa.

Mas é aquilo de sempre: tudo em várias paradas, faz um pouquinho, deixa secar, dá atenção ao Davi - porque quando eu estou em casa o dia todo ele fica uma cola - faz outro pouquinho.  Ou seja, como eu já falei, o que pode ser feito em 1 ou 2 dias leva alguns fins de semana.

Como eu sou péssima em desenho, passei uma fita ao redor do vaso e comecei a pintar para formar figuras geométricas e não perder meu tempo nem minha paciência.


Não há vida aqui




Comecei a pintar no sábado o vaso da esquerda, que já está prontinho.  O da direita eu comecei a pintar à mão livre e aí ficou essa belabosta, além do que, o nativo que chegou lá em casa queria colo o tempo inteiro e enquanto eu tentava pintar acabei borrando em vários lugares.  Note também que minha técnica ucraniana de pintar ovos para a Páscoa fazendo pontinhos (ou pintinhas, vá lá) também serve para decorar as figuras e também ajuda a disfarçar as melecadas.

O tal nativo é esse aí, que apareceu lá, dizendo: mim querer morar aqui na tua aldeia.  Aí eu, que sou uma pessoa de bom coração, abri a porta, ele entrou e armou sua barraca permantente lá em casa.




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